Bombig: Parte do PT não quer que Haddad critique gestões anteriores do PSDB
A campanha de Fernando Haddad (PT) para governador de São Paulo tem um desafio: Definir como será o discurso a respeito dos governos anteriores do PSDB no estado. Os petistas costumavam criticar as gestões dos tucanos. Mas isso pode mudar, de acordo com Alberto Bombig, colunista do UOL, por causa da aliança entre PT e Geraldo Alckmin (PSB).
"Tem uma parte do PT de São Paulo que entende: 'fizemos campanha a vida inteira contra os governos do PSDB e não temos como virar as costas para isso'". Mas tem gente dizendo: 'vai bater no governos do Alckmin, que é vice do Lula e está com gente?'. Alckmin é necessário para o Haddad no interior. O PT historicamente perde as eleições para governador no interior. Essa calibragem de discurso é um grande desafio para o Haddad. É um campo minado", informou Bombig no O Radar das Eleições.
O colunista apontou que a tendência atual é que Haddad apresente um discurso mais cauteloso, especialmente no 1º turno da eleição.
"Muita gente com quem conversei entende que o Haddad devia usar o primeiro turno, em que Tarcísio de Freitas (PL) e Rodrigo Garcia (PSDB) vão ficar trocando sopapos, para baixar a rejeição dele. É o Haddadinho paz e amor", comentou Bombig.
Ele acrescentou ainda que a campanha de Haddad prefere enfrentar Tarcísio em um possível 2º turno. "Ninguém fala que tem medo do Rodrigo Garcia. Mas dizem quem Rodrigo é talvez o adversário mais difícil, até porque é uma coisa aritmética: Se Tarcísio continuar com essa campanha de direita, conservadora, é natural que, se ele não for para o segundo turno, o eleitorado dele não vá com o Haddad".
- Assista ao episódio completo do podcast O Radar Das Eleições:
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