Topo

Em reunião com Bolsonaro, Damares retira candidatura ao Senado

Damares Alves e Jair Bolsonaro - Reprodução/Instagram
Damares Alves e Jair Bolsonaro Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

19/07/2022 20h46

A ex-ministra Damares Alves (Republicanos) retirou hoje a candidatura ao Senado pelo Distrito Federal. A decisão foi tomada em uma reunião no Palácio do Planalto, com o presidente Jair Bolsonaro (PL).

A informação foi confirmada na saída do encontro pelo governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB). Também estiveram presentes ministros do governo, a deputada Flávia Arruda (PL-DF), ex-ministra da Secretaria de Governo, e o ex-governador José Roberto Arruda (PL).

Segundo Ibaneis, as mudanças se deram porque o presidente Bolsonaro "pediu para que nós caminhássemos juntos aqui no Distrito Federal". O governador disse que todos têm "ideais comuns" e propostas para "desenvolvimento da cidade".

Com isso, uma decisão de Damares sobre a candidatura a outro cargo ainda será discutida com o Republicanos. Flávia Arruda segue na corrida por uma vaga no Senado.

"Fomos ministras juntas, somos parceiras de trabalho, nos conhecermos, nos respeitamos muito e não disputaremos o mesmo cargo. Até mesmo para não dividir uma base do presidente Bolsonaro", explicou Flávia Arruda.

A última pesquisa Ideia/Metrópoles, divulgada hoje, Flávia Arruda na liderança pelo Senado com 23,2% das intenções de voto na pesquisa estimulada - quando o entrevistado recebe uma lista com os nomes dos pré-candidatos. Damares aparecia em segundo lugar, com 14%, empatada tecnicamente com o ex-vice-governador Paulo Octávio (PSD), com 11% - isso porque a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Ex-governador tentará vaga na Câmara

O ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (PL) anunciou que será candidato a deputado federal. Arruda, que recentemente voltou a ficar elegível após suspensão de condenações, foi apontado como possível candidato ao governo.

Em pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Ideia, e contratada pelo site Metrópoles, o ex-governador aparecia em segundo lugar, com 22,2% das intenções de voto. O atual governador Ibaneis Rocha (MDB) lidera com 29,1%.

Ibaneis garantiu que propostas de Arruda para o governo do DF serão incluídas no seu plano. O ex-governador se disse satisfeito com a decisão.

"O governador Ibaneis se comprometeu a apoiar o presidente aqui em Brasília e, com isso, as candidaturas naturais são a reeleição do Ibaneis e a candidatura da Flávia ao Senado. E como eu estou voltando para a vida pública, eu venho com muita humildade e vou disputar, se for possível, uma cadeira na Câmara federal", disse Arruda.

Arruda retomou os direitos políticos após uma decisão emitida pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) que acatou o pedido da defesa do ex-governador. A perda de elegibilidade, revogada hoje, é consequência das condenações do ex-governador, que foi alvo da Operação Caixa de Pandora, deflagrada pela Polícia Federal em 2009. No ano seguinte, ele chegou a ser preso preventivamente.

Arruda foi condenado por corrupção de testemunha e falsidade ideológica - ambas foram anuladas este ano pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) André Mendonça, indicado do presidente Bolsonaro.