Bolsonaro cancela ida à Cúpula do Mercosul e desiste de motociata no RJ
O presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou o cancelamento de sua participação na Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, evento que ocorre entre hoje (20) e amanhã (21). No último domingo (17), o governante declarou que considerava a possibilidade de um bate e volta —ou seja, uma viagem rápida.
Oficialmente, o motivo não foi divulgado. Neste fim de semana, o pré-candidato terá uma agenda repleta de compromissos focados na tentativa de reeleição. O mais importante deles é a convenção do PL, no domingo (24), quando será oficializada a chapa que buscará a recondução à Presidência em outubro.
Se, por um lado, os líderes do Mercosul não contarão com a presença de Bolsonaro na solenidade em Assunção, o mesmo não deve ocorrer com as torcidas de Flamengo e Juventude, que duelam na noite de hoje, às 20h30, no estádio Mané Garrincha, em Brasília. O presidente tem planos de comparecer ao jogo.
Além do evento no Paraguai, Bolsonaro também desistiu de ir ao Rio de Janeiro na sexta-feira (22), segundo informações do estafe da pré-campanha. Ele tinha participação prevista em uma motociata —desfile de apoiadores em motocicletas.
Agenda do fim de semana
23/7 - Café da manhã, motociata e Marcha para Jesus no Espírito Santo (Vitória a Vila Velha-ES)
24/7 - Convenção do PL para oficializar a candidatura à reeleição. Evento será realizado no Maracanãzinho, no Rio
Horário 'customizado'
Segundo revelou a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, a convenção do PL no domingo será repleta de simbolismos. O ginásio do Maracanãzinho, no Rio, foi escolhido como local para fazer relação com vitórias esportivas do Brasil. Além disso, o evento começará às 11h22, em referência ao número do PL, 22.
Bolsonaro buscará no evento fazer uma defesa das ações de seu mandato, especialmente a fixação de um teto de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para os combustíveis e a ampliação do Auxílio Brasil.
Mercosul
A ausência de Bolsonaro na Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul também será simbólica, pois trata-se da primeira reunião dos líderes do bloco desde o início da pandemia do coronavírus, entre fevereiro e março de 2020.
Com o retorno de políticos de esquerda ao comando de países vizinhos, como Argentina, Chile e Colômbia, Bolsonaro tem ficado cada vez mais isolado na América do Sul. Ele surge como uma voz dissonante em favor do conservadorismo e dos movimentos de direita e extrema-direita.
O Mercosul é formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai —além da Venezuela, suspensa pelo bloco desde 2017. São considerados Estados associados, sem poder de voto, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname, além da Bolívia, em processo de adesão.
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