Exame/Ideia: distância entre Lula e Bolsonaro oscila de 9 para 11 pontos
Pesquisa do Instituto Ideia, contratada e divulgada hoje pela revista Exame, aponta estabilidade no primeiro turno da corrida ao Palácio do Planalto, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na liderança e o presidente Jair Bolsonaro (PL) em segundo. No único cenário testado da pesquisa estimulada —quando os entrevistados recebem uma lista prévia de pré-candidatos—, a distância entre os dois, que era de 9 pontos percentuais no levantamento de junho, oscilou para 11 pontos.
Os dois flutuaram para baixo dentro da margem de erro, que é de três pontos para mais ou para menos. Lula foi de 45% para 44%, enquanto Bolsonaro oscilou de 36% para 33%.
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que oficializou ontem sua candidatura, oscilou positivamente em um ponto, de 7% para 8%.
A senadora Simone Tebet (MDB) também oscilou para cima, de 3% para 4%. O deputado federal André Janones (Avante), por sua vez, flutuou de 1% para 2%. Considerando a margem de erro, Ciro, Tebet e Janones estão tecnicamente empatados.
O cientista político Luiz Felipe D'Avila (Novo) e o empresário Pablo Marçal (Pros) ficaram com 1% cada. A sindicalista Vera Lucia (PSTU) registrou 0,5%; o deputado federal Luciano Bivar (União Brasil), 0,2%, e a professora Sofia Manzano (PCB) e o ex-deputado José Maria Eymael (DC), 0,1% cada. Leonardo Péricles (UP) não pontuou. Esses pré-candidatos empatam com Tebet e Janones, mas não com Ciro, na margem de erro.
Os entrevistados que disseram que não votariam em ninguém, branco ou nulo somaram 4%, e os que optaram pela opção não sabem foram 3%.
O levantamento ouviu 1.500 pessoas por telefone entre os dias 15 e 20 de julho. O índice de confiança da pesquisa é de 95%, e o custo foi de R$ 27.970. O registro junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é BR-09608/2022.
Primeiro turno
- Lula (PT): 44%
- Jair Bolsonaro (PL): 33%
- Ciro Gomes (PDT): 8%
- Simone Tebet (MDB): 4%
- André Janones (Avante): 2%
- Luiz Felipe D'Avila (Novo): 1%
- Pablo Marçal (Pros): 1%
- Vera Lucia (PSTU): 0,5%
- Luciano Bivar (União Brasil): 0,2%
- Sofia Manzano (PCB): 0,1%
- José Maria Eymael (DC): 0,1%
- Ninguém/branco/nulo: 4%
- Não sabem: 3%
Pesquisa espontânea
Na pesquisa espontânea —quando a lista de pré-candidatos não é apresentada ao entrevistado—, Lula oscilou positivamente em um ponto, de 35% para 36%, enquanto Bolsonaro ficou estável com 30%. Os dois estão tecnicamente empatados no limite da margem de erro, com diferença de seis pontos percentuais.
Veja o resultado a seguir:
- Lula (PT): 36%
- Jair Bolsonaro (PL): 30%
- Ciro Gomes (PDT): 3%
- Simone Tebet (MDB): 1%
- André Janones (Avante): 1%
- Vera Lucia (PSTU): 0,1%
- Sofia Manzano (PCB): 0,1%
- Luiz Felipe D'Avila (Novo): 0,1%
- José Maria Eymael (DC): 0,1%
- Pablo Marçal (Pros): 0,1%
- Outros: 0,2%
- Ninguém/branco/nulo: 7%
- Não sabem: 21%
Segundo turno
O Instituto Ideia fez cinco simulações de segundo turno para a disputa presidencial. No confronto entre Lula e Bolsonaro, o petista sairia vencedor com 47%, oscilando um ponto percentual para baixo em relação a junho. O atual mandatário ficou com 37%, caindo quatro pontos. A diferença entre os dois foi de 7 para 10 pontos percentuais.
Lula também venceria Tebet e Ciro. Já Bolsonaro ganharia de Tebet, mas empataria com Ciro.
Veja os resultados a seguir:
Cenário 1
- Lula (PT): 47%
- Jair Bolsonaro (PL): 37%
- Branco/nulo: 11%
- Não sabem: 5%
Cenário 2
- Lula (PT): 48%
- Simone Tebet (MDB): 25%
- Branco/nulo: 24%
- Não sabem: 3%
Cenário 3
- Jair Bolsonaro (PL): 39%
- Ciro Gomes (PDT): 35%
- Branco/nulo: 18%
- Não sabem: 8%
Cenário 4
- Lula (PT): 44%
- Ciro Gomes (PDT): 31%
- Branco/nulo: 22%
- Não sabem: 3%
Cenário 5
- Jair Bolsonaro (PL): 40%
- Simone Tebet (MDB): 26%
- Branco/nulo: 27%
- Não sabem: 6%
Sobre o instituto
O Instituto Ideia, antigo Ideia Big Data, foi fundado em 2011 e até 2018 realizava pesquisas eleitorais para divulgação exclusiva para seus clientes. Desde julho de 2020, o Ideia mantém uma parceria com a revista Exame, que financia e divulga seus levantamentos sobre intenções de voto. Segundo o próprio Ideia, os métodos utilizados para os levantamentos variam. O Ideia se diz "agnóstico em termos de metodologia" e faz levantamentos eleitorais usando qualquer método.
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