Franceses ignoram bandeira e vibram com argelina rejeitada por dirigentes

Por Beatriz Cesarini

Kaylia Nemour cravou seu nome na história das Olimpíadas. A atleta que representa a Argélia conquistou a primeira medalha de ouro da África na ginástica artística.

Luke Hales/Getty Images

Quando o telão da Arena Bercy anunciou a nota altíssima de Nemour após sua atuação na final das barras assimétricas, os gritos da torcida tomaram conta do ambiente e as lágrimas desceram pelo rosto da ginasta.

Yves Herman - 7.out.23/Reuters

Existem detalhes importantes que explicam tanto o choro de Kaylia Nemour quanto a forte exaltação dos franceses.

Reprodução

A atleta nasceu na França, mas uma série de problemas com a confederação de ginástica artística do país a fizeram optar por representar a Argélia.

Reprodução

A vitória veio após uma performance impecável na série mais difícil da competição de ginástica artística das Olimpíadas de Paris.

Naomi Baker/Getty Images

Kaylia tirou 15.700 - a nota mais alta de sua vida - e superou a chinesa Qiu Qiyuan que também teve a mesma dificuldade, mas acabou com uma nota de execução menor.

Luke Hales/Getty Images

"Foi o resultado de toda a minha vida de treinamento. E, sobretudo, para mim, tem um gosto especial. Depois de tudo o que eu passei, tudo o que eu vivi [...] foi realmente incrível", acrescentou.

Yves Herman - 7.out.23/Reuters

De fato, Kaylia sofreu alguns percalços para alcançar o topo do mundo neste domingo, em Paris.

Reprodução

Tudo começou em 2021, quando a federação francesa de ginástica obrigou as atletas a treinarem em centros próprios da entidade e, portanto, todas teriam que deixar seus respectivos clubes.

Reprodução

Acontece que abriram uma exceção para Melanie de Jesus dos Santos - principal ginasta da França - a continuar treinando nos Estados Unidos, com Simone Biles.

Naomi Baker/Getty Images

Enquanto isso, Kaylia teria que abandonar seu clube, em Avoine.

Luke Hales/Getty Images

A gota d'água veio no ano seguinte, quando Kayila se recuperou de uma lesão no joelho e foi liberada para retornar aos treinos, mas acabou vetada pelos profissionais da federação.

Yves Herman - 7.out.23/Reuters

A atleta, então, decidiu competir pela Argélia, porque assim conseguiria seguir rumo ao seu sonho, disputar as Olimpíadas e conquistar um bom resultado.

Reprodução
Publicado em 05 de agosto de 2024.

Veja Também