Anthony Joshua

Você embarcaria num transatlântico para ver uma luta dele?

Por Bernardo Gentile

Anthony Joshua tem arrastado multidões sempre que entra no ringue. O próximo desafio poderá ser um tanto quanto excêntrico: lutar contra o búlgaro Kubrat Pulev em um transatlântico. O evento valerá os cinturões dos pesos pesados e será para mil pessoas, em novembro.
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Lutar em um transatlântico tem explicação. A luta estava marcada para 20 de junho no estádio do Tottenham, mas foi adiada. Ainda existe a possibilidade de o evento ser na Arena O2, para 16 mil pessoas, mas somente se a pandemia sofrer uma sensível melhora. Caso contrário, a opção será a menos convencional.
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Quem vê Joshua lutando por milhões em um transatlântico pode achar que a vida do lutador é fácil. Mas nem sempre foi assim. Ele dividia o boxe com o trabalho de pedreiro. E seu objetivo era montar uma empreiteira.
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E olha que o boxe não foi a primeira opção de Joshua. No colégio, ele se destacou no futebol e, principalmente, no atletismo, onde correu 100m em 11,6 segundos. O boxe, acredite, ele só conheceu aos 18 anos, em 2007.
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Em 2011, foi flagrado pela polícia de Londres com maconha e acabou preso. Foi solto e usou uma tornozeleira eletrônica. Ele só lutou a Olimpíada de Londres-2012 pela Grã-Bretanha com autorização especial.
Filho de mãe nigeriana e pai inglês, Joshua nasceu em Watford, mas logo se mudou para a Nigéria. Ficou por lá até os sete anos, quando seus pais se separaram. O boxeador mantém relação próxima com o país africano, onde tem programas sociais.
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Em 2012, foi medalhista de ouro nas Olimpíadas de Londres e ingressou no boxe profissional. Foram preciso poucas lutas para ele ganhar alguns milhões de libras e se tornar um dos queridinhos da Inglaterra. Sua popularidade é tanta que se aproximou de Lewis Hamilton, piloto da Fórmula 1.
Reuters / Andrew Couldridge
Publicado em 16 de agosto de 2020.

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