São Silvestre

Marílson se diz surpreso com vitória fácil, mas não assegura volta em 2011

Rafael Krieger e Rubens Lisboa

Em São Paulo

  • Thiago Bernardes/UOL

    Marílson Gomes dos Santos comemora tricampeonato da São Silvestre

    Marílson Gomes dos Santos comemora tricampeonato da São Silvestre

Marílson Gomes dos Santos se tornou o brasileiro que mais venceu a São Silvestre na era internacional da corrida em uma prova tranquila na sexta-feira. O tricampeão admitiu que ficou surpreso com a "folga" na vitória, mas não escondeu que sofreu no final devido ao forte ritmo imposto nos primeiros quilômetros.

"Na verdade, eu estava esperando que a prova fosse mais difícil, que fosse decidida no final, mas fiquei surpreso por ter aberto antes, porque são corredores de altíssimo nível. Mas eu sofri muito no final da Brigadeiro. Tinha esquecido como era a Brigadeiro, mas hoje deu para lembrar bem", revelou Marílson após a vitória.

O brasileiro também citou o apoio da torcida como motivação: "Vim me forçando o tempo todo, mesmo na subida o pessoal fica incentivando o tempo todo, e você não tem como aliviar em nenhum momento o ritmo", declarou

Por outro lado, ele reclamou da umidade e disse que isso atrapalhou muito os seus outros adversários. "Foi uma corrida de determinação e de força mesmo. Não que eu não estivesse me sentindo 100% bem, mas tentei me superar a todo o momento", comentou.

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"A umidade atrapalhou um pouco, principalmente os atletas que vieram de fora, embora eu soube que as mulheres correram marcas boas, a masculina foi atípica. Eu não estava totalmente solto na prova não", admitiu Marílson, que definiu o recorde feminino da queniana Alice Timbilili como "uma dessas coisas que a gente não espera".

Apesar de ter conquistado o tricampeonato com relativa facilidade, o que lhe rendeu até um quilo de ouro por parte do patrocinador, Marílson não assegurou que irá defender o título em 2011. Segundo ele, a única certeza no calendário é a participação da maratona de Londres, em abril.

"Eu não decidi que prova vou fazer no Pan se vai ser pista ou maratona, temo Mundial também. A gente vai estudar os convites, a questão da recuperação, não dá para dar uma resposta se eu vou estar ou não no ano que vem", explicou Marílson.

"Fiquei quatro anos fora, e tinha vontade de voltar a correr novamente, mas por alguns motivos não conseguia. Um deles era a dificuldade de voltar após a maratona. Sempre tive vontade de voltar a correr a São Silvestre, mas essas questões dificultavam um pouco. Depois da maratona de Nova York, fiquei alguns dias descansando, depois retornei aos treinos novamente sem fazer treinamento especifico", concluiu.

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