UOL Esporte Atletismo
 
03/09/2009 - 09h03

Após escândalo, Rede Atletismo encerra equipe de velocistas

Por José Eduardo Martins Da Folhapress Em São Paulo

O maior caso de doping sistemático da história do atletismo nacional já rende frutos. Considerada a principal equipe do Brasil, a Rede Atletismo terminou oficialmente com a sua equipe de velocidade.

"Os contratos [dos atletas de velocidade] terminarão em dezembro e não serão renovados", afirmou Jorge Queiroz, presidente da Rede Atletismo.

Com a decisão, além dos sete atletas que assumiram participação no caso -Bruno Lins, Jorge Célio, Josiane Tito, Luciana França, Evelyn Carolina Oliveira Santos, Rodrigo Bargas e Lucimara Silvestre-, os velocistas da seleção brasileira que disputou o Mundial de Berlim (Vicente Lenilson, José Carlos Moreira e Vanda Gomes) estão sem emprego.

"Quem quiser mudar de equipe já está liberado, facilitaremos tudo e faremos os pagamentos dos salários até o fim do ano", declarou o dirigente.

Nos últimos anos, apenas no centro de treinamento em Bragança Paulista, a Rede investiu cerca de R$ 7 milhões.

Campeã olímpica no salto em distância em Pequim-2008, Maurren Maggi é uma das integrantes da equipe, que ainda não tem o futuro definido.

"A ideia é manter todos os demais técnicos que tiveram desempenho adequado. Mas ainda estou estudando como será 2010. A prioridade é o projeto que desenvolvemos com novos talentos", disse Queiroz.

No dia 4 de agosto, a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) divulgou o teste positivo de cinco atletas para EPO (eritropoietina), após um exame antidoping surpresa.

Na sequência, mais dois atletas assumiram participação no caso. Todos eram treinados por Jayme Netto Jr. e Inaldo Sena, que apresentaram-se como responsáveis pelo doping.

De acordo com Jayme e Sena, porém, o uso da substância havia sido uma indicação do fisiologista Pedro Balikian. A EPO é utilizada para aumentar o número de glóbulos vermelhos no sangue e, consequentemente, a resistência dos atletas.

Hoje, a comissão de investigação da CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo definiu o local dos depoimentos, que serão na próxima semana, em São Paulo. Os atletas e os treinadores envolvidos no caso estão previamente suspensos por dois anos pela confederação.

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