UOL Esporte Atletismo
 
13/09/2009 - 16h28

Após afastamento, dirigente sul-africano volta à Iaaf para defender Semenya

Das agências internacionais Em Johanesburgo (AFS)

O presidente da federação de atletismo da África do Sul, Leonard Chuene, está se reintegrando ao corpo de diretores da Associação Internacional das Federações de Atletismo (Iaaf) após pedir afastamento em protesto aos questionamentos sobre a sexualidade da sul-africana Caster Semenya, campeã mundial dos 800 m rasos.

A decisão partiu de uma reunião entre dirigentes esportivos do país para discutir como será encaminhado o caso, e acaba com os rumores de que a federação sul-africana poderia romper com a Iaaf. No encontro, o consenso foi de que Chuene precisaria continuar representando os interesses da África do Sul, especialmente nesse momento.

Após conquistar o ouro com extrema facilidade no Mundial de Berlim, no mês passado, Semenya teve sua feminilidade colocada em dúvida pela própria Iaaf, e nesta semana, jornais australianos publicaram que a atleta de 18 anos seria hermafrodita.

Em agosto, quando a sexualidade de Semenya começou a ser questionada durante o Mundial, Chuene se afastou da Iaaf, acusando a entidade de humilhar a atleta e violar a sua privacidade. O órgão máximo do atletismo ainda aguarda os resultados oficiais de um exame feito na corredora de 18 anos.

Chuene deixou a Iaaf logo depois que foram encomendados os testes de sexualidade, em agosto. Neste domingo, o dirigente sul-africano disse à Associated Press que "tomou essa decisão de forma individualista e emocional". "Eu posso contribuir no caso de Semenya se estiver lá dentro", justificou.

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