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Com treinos longe do São Paulo, Maurren usa Reffis para justificar parceria

Maurren salta durante inauguração do Centro Olímpico; a atleta lesionou a coxa e saiu chorando - Ricardo Nogueira/Folhapress
Maurren salta durante inauguração do Centro Olímpico; a atleta lesionou a coxa e saiu chorando Imagem: Ricardo Nogueira/Folhapress

Rafael Krieger

Em São Paulo

30/07/2010 14h08

O Reffis, centro de tratamento físico do São Paulo, já recebeu jogadores como Kaká e Adriano, e até gente que nunca jogou no clube, como Ronaldo e Romário. A estrela da vez é Maurren Maggi, que se aproveita dessa estrutura para se recuperar da lesão no joelho, já que a pista do clube não chega a atender as suas necessidades.

A campeã olímpica do salto em distância assinou contrato com o São Paulo em fevereiro deste ano, mas não treina no clube, já que suas atividades sempre foram feitas no Ibirapuera. Devido à reforma, ela passará a frequentar a recém-inaugurada pista do Centro Olímpico, também em São Paulo.

Assim, além do escudo em seu uniforme, a parceria com o São Paulo só é representada pelas ações de marketing com a presença de Maurren e pela estrutura que o Reffis oferece para o tratamento do joelho direito, operado após o Mundial do ano passado.

Dentro das pistas, a atleta assegura que nada mudou nos treinamentos desde que assinou com o São Paulo. Por outro lado, ela afirmou que a sua recuperação se deve muito ao Reffis.

“É muito bom, até fiz fisioterapia lá no São Paulo antes de viajar para Madri, e isso também foi fundamental para o meu retorno. Busquei um monte de estrutura, busquei o melhor para mim para poder estar de volta”, reconheceu Maurren, que voltou às pistas com uma vitória no meeting de Ávila, na Espanha, no começo do mês.

O técnico Nélio Moura também admitiu que o principal suporte oferecido pelo São Paulo é o Reffis: “Boa parte da recuperação dela, paralela ao treino, foi no São Paulo”. Porém, ele lembrou que não só a fisioterapia é importante nesse tipo de parceria.

“Temos um leque de opções bastante grande. A segurança de ter alguém te dando um suporte é importante. Se ela for para Londres, sabemos que vai ter alguém dando a segurança para ela poder saltar lá”, explicou Nélio, lembrando que a parceria também envolve patrocínios e que a atleta pensa em disputar a Liga de Diamante na Inglaterra, marcada para o dia 13 de agosto.

O treinador também lembrou que não há nenhum tipo de meta combinada com o clube. “Temos muita tranquilidade para trabalhar. Ninguém nunca nos cobrou, e olha que talvez ela voltasse a competir só em setembro, e eles disseram que não tinha problema. Só voltamos antes porque senti que estava na hora de ela se divertir um pouco também”, completou.