Autoconfiantes, saltador, judoca e boxeador são esperança para Rio-2016
Foram necessários sete dias de competição, 19 finais disputadas e três quartos lugares para o Brasil ver suas promessas para a Rio-2016 irem ao pódio na Olimpíada da Juventude, em Cingapura.
Medalhas conquistadas com autoconfiança, ponto comum do saltador Caio Cézar dos Santos, 17, da judoca Flávia Gomes, 16, e do boxeador David Lourenço, 18. Antes da competição, todos eles não vislumbravam nada menos do que o ouro.
Medalha dourada perdida que levou Flávia aos prantos após perder na final para a japonesa Miku Tashiro. A brasileira, campeã mundial sub-17 na categoria de 57 kg, teve que ganhar peso para lutar na de até 63 kg.
"Não é porque ela é de uma categoria acima que eu não podia ganhar", falou Flávia, inconformada. "Mas não é sempre que se ganha".
Caio Cézar aprendeu essa lição há um mês no Mundial de menores do atletismo. Uma lesão nas costas o impediu de disputar a final do salto em distância e de conquistar uma medalha quase certa -fora superior ao campeão nas eliminatórias.
Mas neste domingo, com as costas recuperadas, Caio Cézar levou a medalha de ouro após superar Sho Matsubara no último salto. O brasileiro cravou 7,69 m, quatro centímetros a mais que o japonês.
"Não esperava que ele pudesse saltar 7,65 m. No último salto, fui para o tudo ou nada. Sabia que poderia ganhar o ouro, pelo meu potencial", disse um seguro Caio.
Segurança que também marcou a atuação de David Lourenço, campeão mundial juvenil de boxe até 69 kg. Na luta da semifinal olímpica, o atleta precisou virar o placar contra Islomzhon Dalibaev, do Quirguistão. David estava perdendo de 1 a 0 no primeiro round, mas acertou dois golpes nos rounds seguintes e venceu por 2 a 1.
David define a cor da medalha na madrugada desta terça, contra o uzbeque Ahmad Mamadjanov -derrotado por ele no Mundial.
"Batalhei muito para chegar à final e, se cheguei até aqui, vou dar o máximo para conseguir o ouro", promete.
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