De volta a sua prova favorita, Keila leva ouro no salto triplo no Troféu Brasil
Afastada do salto triplo há mais de dois anos devido a problemas de lesão, tendo participado neste período apenas do Campeonato Paulista 2010, Keila Costa voltou a disputar sua prova favorita em alto estilo. Nesta quinta-feira, em uma competição sem grandes concorrentes, a pernambucana confirmou o favoritismo, saltou 14,03 m e faturou a medalha de ouro do Troféu Brasil, realizado no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa em São Paulo.
A marca que rendeu o primeiro lugar a Keila veio em sua quarta tentativa, permitindo-a nem fazer seus dois últimos saltos. Até então, a única adversária que a ameaçava era Tânia Ferreira da Silva, que acabou ficando com a prata (13,89 m). Luana Aparecida Machado (13,04 m) completou o pódio.
Apesar de ficar a mais de meio metro do recorde sul-americano, estabelecido pela própria Keila (14,57), o índice desta quinta-feira foi o melhor da atleta nessa nova fase da carreira e o mais alto do país em 2010.
“Eu gostei muito do resultado, porque eu queria saltar acima de 14 m. Eu estava com saudade, porque o triplo pra mim é como doce para criança”, comemorou a saltadora. “Esta prova foi mais para mostrar que eu voltei. No ano que vem, eu pretendo voltar a saltar acima de 4,50 m.
Keila Costa volta à pista do Centro Olímpico no próximo sábado para as eliminatórias do salto em distância, com final agendada para domingo. Na prova, sua principal adversária será a amiga Maurren Maggi.
Mais salto
Além do triplo feminino, outra final de salto foi disputada nesta quinta-feira em São Paulo. No salto em distância masculino, Mauro Vinícius Hilário demorou a engrenar, mas fez 8,01 m em sua penúltima tentativa e assegurou a medalha de ouro.
“Eu sou o primeiro colocado no ranking, mas dispensei esse favoritismo na hora da prova e me concentrei nos meus saltos”, explicou Mauro, que treina em São José do Rio Preto há seis anos e sentiu dificuldades para saltar nesta quinta pelo mau tempo em São Paulo, com muito vento, garoa, e sensação térmica abaixo dos 15ºC. “O clima aqui está muito diferente do clima da cidade onde eu treino, então foi difícil”.
Devido a uma lesão sofrida em fevereiro deste ano, Mauro demorou a voltar aos treinamentos e esteve próximo de sequer competir no Troféu Brasil, o que o fez comemorar ainda mais o título inédito. “Essa conquista tem sabor especial, porque se passaram tantas coisas comigo nesse ano. Mas aí alguns dias atrás eu saltei 8,12 m e percebi que dava para competir”, comentou. “Só fiquei um pouco triste pela marca, porque dava para fazer melhor”.
Com boas expectativas para o Pan de Guadalajara e o Mundial de Daegu, Mauro Vinícius não esconde a motivação para treinar para os campeonatos do ano que vem. “Estou me sentindo bem preparado para 2011 e 2012. Sei que posso pegar uma final e aí brigar por mais alguma coisa”, afirmou o paulista, que antes do atletismo se dedicava ao futebol. "Eu era lateral-direito, mas não jogava bem não", brincou.
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