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Brasileiros e quenianos elegem calor e umidade como inimigos na S. Silvestre

Marilson dos Santos durante a São Silvestre de 2005, quando sagrou-se bicampeão - Renato Stockler/Folha Imagem
Marilson dos Santos durante a São Silvestre de 2005, quando sagrou-se bicampeão Imagem: Renato Stockler/Folha Imagem

Maurício Dehò

Em São Paulo

25/12/2010 07h00

Dia 31 de dezembro é dia de São Silvestre e, geralmente, não se foge de um fator: o verão. Muito sol e umidade - e, por vezes, até a chuva  - marcam a disputa da tradicional corrida de rua. E são esses justamente os fatores que foram eleitos como os inimigos dos corredores, tanto pelos donos da casa quanto pelos favoritos quenianos.

PREVISÃO NÃO É DE CALOR; PROVA PODE TER CHUVA

De acordo com a Climatempo, a previsão mateorológica para o dia da prova (31) não é de calor. A temperatura alta esperada pelos competidores deve ser substituída por um clima ameno, variando entre 18 e 21º C. A umidade, pode acabar atrapalhando: há previsão de pancadas de chuva.

A última vitória brasileira foi com água caindo. Em 2006, Franck Caldeira foi campeão debaixo de muita chuva. Desde então, foram três vitórias quenianas na prova.

Como a São Silvestre é uma prova muito desgastante, o clima é uma preocupação constante. Com a descida da rua da Consolação e a subida da avenida Brigadeiro Luiz Antônio como momentos de maior trabalho para os atletas, um dia em que o sol brilhe com mais força ou a umidade castigue mais podem fazer a diferença durante os 15 km de percurso.

“A temperatura e a umidade serão as maiores dificuldades. Mas vai ser complicado para todo mundo” destacou Marílson dos Santos, campeão em 2003 e 2005, e agora em busca do tricampeonato em São Paulo.

“Para mim o pior mesmo é a umidade, porque sou de Brasília. Tenho a vantagem de morar aqui em Santo André, então tenho treinado e me sentido bem”, completou ele, que disse ser um “peixe fora d’água” às avessas, por ser mais acostumado ao clima seco de sua cidade-natal.

Para Damião Ancelmo de Souza, que fez pódio em todas as suas 18 provas do ano, não há como prever como as condições afetam cada corredor. “Cada dia o organismo se comporta de uma maneira, mas acho que o definitivo vai ser subir bem a Brigadeiro. É ali que vai ser definido. No dia, tem que ser na superação”, disse ele.

Mesmo o queniano Barnabas Kiplagat Kosgei, acostumado com o tempo quente na África, sabe que a umidade pode atrapalhar os planos. “Nós estamos treinando no Brasil há alguns meses, então isso ajuda. Aqui no Brasil é muito úmido, e estou acostumado com o Quênia, que é seco. Então vai ser complicado, ainda mais por termos como adversário o Marílson, que é um rival muito duro”, explicou o atleta.