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Fabiana Murer conta com a tecnologia para chegar aos 5 metros

Guilherme Coimbra

No Rio de Janeiro

27/05/2011 12h07


Na primeira competição ao ar livre da temporada, Fabiana Murer conseguiu a melhor marca do ano no salto com vara. Ela atingiu 4,65 m no GP Brasil do Rio, quinta-feira, no Engenhão, superando os 4,61 m da eslovaca Tina Sutej. Detentora do recorde sul-americano de 4,85 m, a brasileira acha que pode chegar aos 5 m ainda este ano. Para isso, conta com a ajuda da tecnologia.

Há pouco menos de um mês, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) começou a gravar vários ângulos dos saltos de Fabiana. As imagens são tratadas por dois sistemas. O Dartfish analisa os movimentos da atleta e o Fusion mede a velocidade na corrida. O GP Brasil foi a primeira competição dela depois do emprego da nova tecnologia.

"Estava bem ansiosa. O primeiro salto da competição sempre é o mais tenso, tenho que acertar todos os detalhes", comentou. "Mas já deu para sentir a diferença. É legal porque a cada treino eu estou vendo os saltos e percebendo o que eu tenho que melhorar. Hoje também eles estavam filmando e vai ser legal comparar os treinos com a competição. Os saltos são muito rápidos e muita coisa passa despercebida a olho nu."

O objetivo de alcançar a melhor marca do ano foi conquistado. Fabiana esteve tão à vontade que atingiu os 4,65 m na primeira tentativa. Depois, subiu o sarrafo mais dez centímetros, mas acabou sentindo a falta de ritmo e falhou nas três oportunidades que teve. "Faltou um pouquinho de perna", explicou. "Precisava estar um pouco mais descansada para acelerar a corrida lá no final."


Depois de analisar as imagens captadas no GP Brasil, Fabiana Murer vai embarcar para Buenos Aires para a disputa do Campeonato Sul-americano. A estratégia na competição continental vai depender das condições climáticas.

"O objetivo é superar a melhor marca do ano de novo", conta. "Mas, se estiver muito frio, talvez eu faça só um salto para ganhar a competição e pare. Preciso conversar com o meu técnico para traçar uma estratégia, já que a minha prioridade é o Mundial (de agosto, na Coreia do Sul)."

A atleta brasileira só lamentou que pouca gente a tenha visto estabelecer a melhor marca do ano no salto com vara. "Normalmente tem mais gente aqui no Engenhão", entranhou. "É dia de semana e acho que isso atrapalhou um pouquinho as pessoas que queriam assistir. Mas quem veio fez bastante barulho e me apoiou bastante", concluiu.