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Marinheiro Jadel Gregório termina GP do Rio em quinto e pede trégua aos críticos

Jadel Gregório ficou fora do pódio no GP Brasil, disputado no estádio do Engenhão - Caio Guatelli/Folhapress
Jadel Gregório ficou fora do pódio no GP Brasil, disputado no estádio do Engenhão Imagem: Caio Guatelli/Folhapress

Guilherme Coimbra

No Rio de Janeiro

27/05/2011 07h00

Na primeira competição oficial representando a Marinha do Brasil, Jadel Gregório acabou fora do pódio. O triplista brasileiro viu o cubano Osniel Tosca, que já havia vencido em Belém e Uberlândia, atingir 16,95m e conquistar o ouro também no GP Brasil do Rio, na noite de quinta-feira, no Engenhão. Depois da prova, Jadel comentou que a linha dura imposta pela Marinha pode ajudá-lo a melhorar o desempenho e pediu moderação nas críticas.

“A crítica tem que existir”, explicou. “Mas do mesmo modo também tem que ter o apoio. Se tivesse alguém representando melhor o Brasil, poderiam me criticar mais. Depois que o Jadel saiu, não teve finalista mundial. O Jadel, mesmo machucado, foi finalista mundial e olímpico. E represento o Brasil com muita honra. Sou brasileiro e, estando na minha melhor fase ou não, eu entro para competir”, finalizou o atleta, que fez questão de agradecer ao diminuto público que compareceu ao Engenhão.

“É muito grande isso aqui”, comentou. “Para lotar tem que vir muita gente. Mas o pessoal que veio está de parabéns porque passou muita energia para a gente. Espero voltar aqui mais vezes e poder saltar bem.”

Jadel Gregório não passou de 16m49 e terminou a prova em quinto. Finalista do salto triplo nas duas últimas olimpíadas, ele vem colecionando lesões nos últimos anos e pouco a pouco foi sumindo das primeiras posições do ranking mundial.

“A gente está numa fase muito boa, voltando a trabalhar bem, de olho nas competições grandes que tem aí pela frente”, conta. “Vêm aí os Jogos Militares e o Mundial da Coreia. E ainda vou defender o meu título no Pan-Americano.”

Jadel Gregório, que em janeiro se emocionou muito na formatura como marinheiro, conta que aprendeu muito nas forças armadas. Aos 30 anos, ele confia que a linha dura imposta pela Marinha pode levá-lo a resultados como os de 2007, quando foi campeão pan-americano e prata no Mundial de Osaka.

“Agora que eu sou militar não dá para dizer as coisas que eu dizia”, confessa. “As coisas começam a ficar um pouco mais sérias. Apesar de eu ser muito sério! Sou casado e responsável! (risos) Eu sou marinheiro, tenho que tirar o cavanhaque, tenho que estar na linha. Mas é um prazer representar a Marinha. Gostei muito do tempo em que fiquei lá, me trataram muito bem. Eu não vejo a hora de começar os jogos militares e poder subir no pódio”, sonha.