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Após doping, Bruno Lins usa chegada à la Bolt e desabafa com palavrão nos 100 m

Bruno Lins ficou dois anos longe das competições após suspensão em 2009 - Arquivo Folha
Bruno Lins ficou dois anos longe das competições após suspensão em 2009 Imagem: Arquivo Folha

Alexandre Sinato

Em São Paulo

03/08/2011 15h32

Bruno Lins Tenório foi o primeiro atleta do escândalo de doping de 2009 a competir no Troféu Brasil deste ano, em São Paulo. E ele esbanjou marra ao vencer a segunda série eliminatória. Cruzou a linha olhando para o lado, no melhor estilo Usain Bolt, e soltou um palavrão: “p..., sai zica”. Tudo para desabafar após dois anos suspenso.

“Foi só para fazer uma marrinha”, disse Bruno, sorrindo. “O grito foi mais para desabafar, não para menosprezar ninguém. Eu estava muito ansioso e um pouco preso. É minha primeira grande competição”, emendou.

Bruno Lins, que avançou às semifinais com o tempo de 10s37, foi cumprimentado pelos rivais de série quando cruzou a linha de chegada. Mas na largada o clima foi bem mais pesado, segundo ele.

“Eles olham desconfiados, não sabem direito se você está bem ou mal. Tem um pouco de teatro para abalar o adversário. E no final os velocistas sempre costumam se cumprimentar. Mas não dá para saber o que eles estão pensando”, comentou o velocista que está competindo por Presidente Prudente.

Bruno Lins foi suspenso por dois anos em 2009 por testar positivo para o hormônio sintético EPO, assim como Luciana França, Lucimara Silvestre, Josiane Tito e Jorge Célio Sena. O castigo acabou no início de julho, e o Troféu Brasil é seu primeiro campeonato importante.

“Meu objetivo é ir para o Pan nos 200 m, já que o índice é de 20s29. Nos 100 m é 10s01, é muito forte. Se eu conseguir entrar no revezamento dos 4x100 m rasos do Pan já está bom. E também quero ir para o Mundial [da Coreia do Sul, no final do mês]”, projetou, lembrando que precisa conseguir 10s15 e 20s43 nos 100 m e nos 200 m, respectivamente, para competir em Daegu.