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Murer dedica ouro a ex-técnico de Isinbayeva e diz que sem ele poderia ter parado

Fabiana Murer comemora ouro conquistado no salto com vara pelo Mundial de Daegu - Martin Meissner/AP
Fabiana Murer comemora ouro conquistado no salto com vara pelo Mundial de Daegu Imagem: Martin Meissner/AP

Do UOL Esporte

Em São Paulo

04/09/2011 12h08

Campeã mundial do salto com vara na última terça-feira em Daegu, na Coreia do Sul, quando foi a primeira brasileira a ganhar ouro em um Mundial de atletismo, Fabiana Murer dedicou o título ao treinador ucraniano Vitaly Petrov e disse que poderia ter parado de competir se não fosse por ele.

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Em entrevista ao jornal esportivo Lance!, Fabiana Murer afirmou que não teria chances de brigar pelo título mundial caso não tivesse começado a treinar com o técnico que havia levado a russa Yelena Isinbayeva ao topo do salto com vara.

“Desde quando comecei a treinar com o Vitaly Petrov, todos os meus resultados eu devo a ele. Se não tivesse trabalhado com ele, não teria os resultados que tenho hoje. Talvez eu até tivesse parado de competir se não fosse isso, já que poderia não evoluir minhas marcas. Devo a ele 100% dos meus resultados”, declarou a atleta brasileira.

Já esperando pela badalação de um título mundial, Fabiana Murer não pretende festejar muito em sua chegada ao Brasil, que ocorre no próximo sábado, apenas depois de sua passagem pela etapa da Liga de Diamante em Zurique, na Suíça.

“Acho que não pode mais desfilar no carro de bombeiros, mas não faço questão, não sei se teria tempo. Quero viajar para descansar, não posso fazer tanta festa, tenho competições pela frente. Antes do Pan vou descansar uma semana”, declara a saltadora.

Após chegar ao título em Daegu, Murer acredita que ainda assim será difícil apagar a imagem deixada nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008, quando uma vara da atleta desapareceu e ela acabou decepcionando na final de sua prova. Ela também se preocupa com o futuro da modalidade no Brasil.

“Há uns três anos visitei umas meninas onde eu treinava ginástica artística. Elas falaram que depois da ginástica queriam ir para o salto com vara. Teve uma que até chegou a fazer teste. Há gente querendo fazer salto com vara, mas há poucos locais para se treinar no Brasil”, declara a campeã mundial.