Topo

Atletismo da Jamaica entra na mira de agência antidoping

Bolt recebe bastão em prova de revezamento vencida pela Jamaica no último mundial de atletismo - REUTERS/Grigory Dukor
Bolt recebe bastão em prova de revezamento vencida pela Jamaica no último mundial de atletismo Imagem: REUTERS/Grigory Dukor

Do UOL, em São Paulo

15/10/2013 12h30

Dona de uma das melhores equipes de atletismo do mundo, a Jamaica entrou na mira da Agência Mundial Antidoping (AMA) após as declarações de Renee Anne Shirley, ex-diretora da agência nacional que controla o doping nos atletas do país. Segundo a jamaicana, não foram realizados exames de controle durante "cinco ou seis meses" que antecederam os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.

Durante as últimas Olimpíadas, a equipe jamaicana conquistou 12 medalhas no total, sendo três de ouro com Usain Bolt, o homem mais rápido do mundo. Na atual temporada, cinco atletas do país caribenho já foram flagrados utilizando substâncias proibidas, entre eles Asafa Powell, ex-recordista mundial dos 100 metros.

"A Jamaica está no nosso radar. A AMA está bastante preocupada com a situação e vai abrir uma investigação. É um assunto de alta prioridade", comentou David Howman, diretor geral da instituição.

Investigadores farão uma visita extraordinária ao país até o final do ano para averiguar o que se sucedeu, enquanto a Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF) minimiza a importância de tais exames na fase preparatória para os Jogos Olímpicos, alegando que os principais atletas foram submetidos a testes, principalmente Bolt.

"Às vezes vinham seis vezes em um só mês, depois não os via por dois meses, de repente apareciam três vezes em uma única semana", contou o recordista mundial nos 100 e 200 metros. "É engraçado ouvir que eles estão pensando em excluir a Jamaica das próximas Olimpíadas. Seria interessante ver isso", completou em tom de ironia.

A denúncia de Shirley, feita ao jornal jamaicano The Gleaner, foi rebatida também por Herbert Elliott, atual presidente da Comissão Jamaicana Antidoping (JADCO), que referiu-se a ex-diretora como "um pouco demente" e "Judas".