Topo

Venceu o câncer duas vezes. Agora, chega como zebra em final de Mundial

07.03.14 - Gabriele Grunewald em foto publicada em seu Twitter, capturada em Doha Imagem: Reprodução/Twitter Gabriele Grunewald

Do UOL, em São Paulo

07/03/2014 18h25

A classificação para a final dos 3.000 metros no Mundial Indoor de Atletismo, em Sopot (Polônia), foi apertada: o tempo de 8min58s10 foi o terceiro pior entre as 12 qualificadas. Mas a americana Gabriele Grunewald, de 27 anos, tinha mais o que comemorar além do resultado.

A fundista, sem um currículo de grandes performances no início da carreira, foi diagnosticada com câncer nas glândulas salivares em 2009. O tumor foi retirado, mas em 2011 a atleta enfrentou outro câncer, agora na tireoide.

Depois de mais um tratamento bem-sucedido, ela voltou a correr e, no último mês de fevereiro, se sagrou campeã americana indoor dos 3.000 metros. Na estreia em Mundiais, nesta sexta (7), ela superou a primeira etapa antes da final.

“Me sinto afortunada por minha saúde estar ótima agora. Preciso tirar vantagem dessas experiências ótimas, e essa foi a coisa que eu mais aprendi de todos os problemas de saúde que enfrentei. É meu primeiro Mundial, indoor ou outdoor, e espero que muitos outros venham. Apenas aproveito o momento e corro o meu melhor”,  disse a atleta em entrevista ao site oficial da IAAF (federação internacional de atletismo).

“Depois que superei o câncer, tentei priorizar algumas coisas na minha vida e me concentrar em ser a melhor corredora possível. Antes disso, eu era apenas uma atleta universitária regular. Não estava nem perto da elite, como estou agora”, admitiu. “É maravilhoso estar aqui em Sopot.”

Para a final dos 3.000 metros, marcada para domingo, ela terá como rival a etíope Genzebe Dibaba, grande favorita à medalha de ouro e que conta com a melhor marca pessoal entre as finalistas: 8min16s60, conquistada em fevereiro.

As marcas de Gabriele Grunewald, em comparação com as outras competidoras, tornam o sonho de pódio um pouco distante. Nesta sexta, ela não conseguiu a vaga automática como uma das quatro melhores nas duas baterias disputadas, ficando com a classificação por ter feito o segundo melhor tempo entre as não qualificadas.

 “A ideia era conquistar a vaga automática, mas não consegui. Vi pelos tempos da primeira bateria [ela correu a segunda] que daria para se classificar como uma das ‘perdedoras mais rápidas’. Estou tranquila com relação a isso. Acho que serei cinco segundos mais rápida no domingo, e preciso disso, porque são muitas atletas ótimas na disputa.”

“Será uma honra enfrentar a Genzebe. Apenas quero fazer minha corrida e conseguir o melhor possível”, concluiu.

Comunicar erro

Comunique à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Venceu o câncer duas vezes. Agora, chega como zebra em final de Mundial - UOL

Obs: Link e título da página são enviados automaticamente ao UOL

Ao prosseguir você concorda com nossa Política de Privacidade


Esporte