Medalhista pan-americana alonga carreira até Tóquio. Depois, quer ser mãe
O projeto de ser mãe deve aposentar a velocista Franciela Krasucki, de 31 anos, após os Jogos Olímpicos de Tóquio, no ano que vem. Isso só aumenta a importância dos Jogos Pan-Americanos de Lima. Campeã pan-americana em 2011, ela participará, no Peru, do revezamento 4x100 m. Fará parte do time, mas sua importância será grande, também, para auxiliar as atletas mais novas no processo de renovação da equipe.
Depois dos Jogos Olímpicos Rio-2016, o Brasil iniciou uma transição na prova. Franciela foi a única remanescente que foi ao Campeonato Mundial de Revezamentos, disputado em maio deste ano em Yokohama, no Japão. O resultado foi acima do esperado. Com Franciela ao lado das jovens Lorraine Martins, de 19 anos, Ana Carolina Azevedo, 21, e Vitória Rosa, 23, o Brasil terminou em quarto lugar - no mesmo campeonato, o time brasileiro masculino conquistou o primeiro título mundial de sua história.
"O Mundial de Revezamento foi um teste porque nós nunca tínhamos corrido com aquela formação, havia meninas que nunca tinham corrido na posição em que correram ali, era a primeira vez que competiam em uma competição importante como um Mundial e a experiência foi muito boa", afirma Franciela.
Para ela, ainda existe espaço para melhorar, principalmente nas passagens de bastão. Mas a juventude do time aumenta o otimismo. "Está vindo uma equipe muito forte e eu fico muito feliz por estar participando de tudo isso, de poder ajudar com a minha experiência", analisa a velocista.
"Elas são novas, tudo para elas é novidade e isso faz com que queiram cada vez mais. Acredito que a tendência é melhorar cada vez mais, até porque aquela experiência de primeira competição importante já passou para elas. Todas têm muito potencial e tenho certeza que a equipe de revezamento vai ser renovada com meninas muito boas, tendo chance de ganhar uma medalha em Campeonato Mundial, Pan-Americano e Olimpíada".
No Pan de Lima, Franciela será a mais velha na equipe. Além de Lorraine e Vitória, que estavam no time que foi ao Mundial de Yokohama, foram convocadas Andressa Fidelis, de 25 anos, e Rosângela Santos, de 28.
Enquanto as atletas mais jovens vão ganhando espaço, Franciela faz planos para a aposentadoria das pistas, que só não ocorrerão em caso de uma medalha nos Jogos Olímpicos de Tóquio. "Eu estou preparando a minha cabeça para parar depois da Olimpíada. É lógico que se for para a Olimpíada e ganhar uma medalha, a gente não consegue parar, vamos mais quatro anos. Mas a minha cabeça já está se preparando para parar no ano que vem", afirma a atleta.
Além de planejar a gravidez para o pós-Olimpíada, Franciela também pretende seguir trabalhando com o esporte, mas na parte de prevenção e recuperação de lesões em atletas. "Eu sou formada em fisioterapia, então quero seguir minha carreira de fisioterapeuta. E quero ser mãe, eu já estarei com 32 anos e, como pretendo ter dois filhos, acho que já vai ser uma idade boa para engravidar e ter os dois filhos", completa a velocista.
Paulista de Valinhos, Franciela é casada com o também atleta Kléberson Davide, medalhista de prata nos 800 m dos Jogos Pan-Americanos Rio-2007 e Guadalajara-2011. Ele conseguiu o índice para correr em Lima, mas ficou fora nos critérios de convocação.
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