Medalhista britânica acusa polícia de racismo após abordagem truculenta
A atleta inglesa Bianca Williams acusa a polícia de Londres de racismo. A reclamação ocorreu em razão de uma abordagem truculenta no distrito de Maida Vale, no último sábado (04). A ação policial foi registrada e publicada no Instagram dela.
Bianca foi medalha de ouro nos 4x100m rasos nos Jogos da Commonwealth de 2018. Na abordagem, ela estava acompanhada pelo namorado, o recordista português dos 400m, Ricardo dos Santos, e do filho do casal, de três meses. A razão para a conduta da polícia teria sido 'atitude supostamente suspeita' do casal.
"É sempre a mesma coisa com Ricardo. Acham que ele está dirigindo um veículo roubado ou que está fumando cannabis. Isso é discriminação racial. A forma com que falaram com Ricardo como se ele fosse escória, uma sujeira no sapato deles, foi chocante. Foi repugnante assistir", disse Williams ao Times.
A polícia de Londres aumentou patrulhamento na região devido ao crescimento na criminalidade. A ação, registrada em vídeo e publicada no Instagram da atleta, mostra os policiais agindo com força para retirar Ricardo do carro, enquanto tentam manter Bianca dentro do veículo. Ela, nervosa, busca explicar, chora e é contida durante momentos tensos. Ambos, aparentemente, foram algemados.
Em nota, a polícia britânica disse que o vídeo mostra apenas parte da abordagem e que a atitude dos policiais foi correta e satisfatória. Segundo os policiais, o veículo não parou quando foi solicitado e estava dirigindo de forma suspeita.
"Tempo para ações terem consequências. Ainda incrivelmente magoada e abalada pelo que aconteceu", publicou Bianca no Instagram.
O técnico da dupla, Linford Christie, também se manifestou nas redes sociais e reclamou da ação da polícia.
"Dois dos meus atletas foram parados pela polícia hoje. Ambos atletas internacionais, ambos pais de um bebê de três meses, que estava com eles. Ambos foram algemados. Alguém pode por favor me explicar que justificativa os oficiais da Polícia Metropolitana tiveram para atacar um motorista, afastar uma mãe de seu bebê sem qualquer equipamento de proteção pessoal (contra o coronavírus) e depois chamar a unidade de cães farejadores para vistoriar o carro? O carro era realmente suspeito, ou a família negra nele levou a uma confrontação violenta e uma acusação de que o carro cheirava a maconha?", postou.
A polícia disse estar disposta a prestar esclarecimentos aos envolvidos no caso, se for necessário.
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