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Gustavinho abre o jogo sobre a saída da seleção brasileira: 'inviabilizaram o trabalho'

Gustavo de Conti comandando o Brasil contra a Letônia na Copa do Mundo de Basquete de 2023 Imagem: Divulgação: FIBA Basketball World Cup 2023

Fabrizio Giachero;

Olimpíada Todo Dia

11/10/2024 15h39Atualizada em 11/10/2024 18h59

Prestes a estrear na nova temporada do NBB, o técnico do Flamengo Gustavo de Conti ainda reflete sobre a experiência que teve como treinador da seleção brasileira de basquete masculino. Após ganhar todos os títulos possíveis pelo clube carioca, Gustavinho recebeu a oportunidade de dirigir o Brasil em 2021 com o objetivo de conseguir a classificação para as Olimpíadas de Paris-2024. Mas o trabalho foi interrompido pouco antes da disputa do Pré-Olímpico, quando a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) anunciou a demissão "em comum acordo" com o treinador.

Na época, Gustavo de Conti evitou aprofundar sobre sua saída. Agora, quase seis meses depois, ele abriu o jogo:

Acho que foi uma saída forçada, vamos dizer assim. Não achei bacana. Até porque eu acredito que poderiam ter sido mais diretos e sinceros na hora de me tirar ao invés de ficarem contornando e forçando outras vias. Não posso dizer se foi correto ou não, isso cada um tem um jeito diferente de pensar. No final eu também quis sair, mas foi de uma maneira completamente forçada

A declaração sobre "contornarem e forçarem outras vias" vai de encontro com o que foi noticiado na época da demissão. Em matéria publicada no UOL, o possível estopim da demissão foi quando De Conti se negou a demitir seu assistente técnico Vitor Galvani. Situação que se encaixa nas queixas do treinador.

"Foram questões que eles exigiram que inviabilizaram o meu trabalho e atrapalharam a seleção brasileira como um todo. Então não foi só um problema que me afetou", lamenta De Conti.

O tempo, como sempre, parece curar as feridas e Gustavinho não quer pensar em mágoas ou injustiça. "Não guardo ressentimento e nem me sinto injustiçado. Claro que fica aquele gostinho de que a gente podia fazer um pouco mais na seleção, que as coisas poderiam ser diferentes. Mas enfim, acho que isso também já ficou no passado. No final, foi algo melhor também pensando no Flamengo e na própria Seleção, que conseguiu ir para as Olimpíadas. Vida que segue", afirma ele.

A trajetória de Gustavinho na seleção

A escolha da Confederação Brasileira de Basquete por Gustavo De Conti para treinar a seleção brasileira parecia indicar uma nova direção histórica para o basquetebol do Brasil. Vindo de uma temporada perfeita pelo Flamengo em 2020/2021, quando ganhou a Champions League das Américas, NBB, Copa Super 8 e Carioca, Gustavinho chegou com moral para o posto de treinador do Brasil. A chegada dele por si só já representava um movimento histórico. Isso porque ele foi o primeiro técnico brasileiro a assumir a Seleção em 14 anos.

No entanto, os dois anos e meio em que esteve à frente da seleção foram turbulentos. A começar pelo vice-campeonato na Copa América de 2022, sediada em Recife. A derrota na final em casa para a Argentina, por 75 a 73 apagou a boa campanha que o Brasil teve durante o torneio.

Em seguida, na Copa do Mundo 2023, a seleção alcançou a segunda fase da competição e passou perto de garantir a vaga olímpica. Porém, a vitória do Canadá sobre a Espanha adiou a conquista brasileira. Por fim, nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023, o Brasil conquistou apenas a medalha de bronze.

Com as atenções agora 100% voltadas ao Flamengo, Gustavo De Conti já tem o primeiro grande desafio da nova temporada: a estreia do NBB 2024/2025 contra o Vasco. A partida de abertura do NBB acontece neste sábado, às 17h, no Ginásio do Tijuca Tênis Clube.

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