No regulamento, CBB assume controle do Nacional

Giancarlo Giampietro
Em São Paulo

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"O Nacional é dos clubes, não existe isso de ser da CBB", afirmou o presidente Gerasime Bozikis, no lançamento da competição. Já o regulamento do campeonato diz que ele "é promovido pela CBB e por ela organizado e dirigido". Se achou que as duas frases não combinam, você compartilha da opinião dos principais clubes de basquete de São Paulo em um novo racha na modalidade.

O QUE DIZ O REGULAMENTO
Divulgação/CBB

O Campeonato Nacional masculino de Basquete - 2008 é uma competição oficial, promovida anualmente pela CBB e por ela organizada e dirigida e assessorada por uma Comissão Executiva e Comissão de Marketing.
Brasília, Cetaf/Vila Velha, Flamengo, FTC/Salvador, Iguaçu, Joinville, Lajeado, Londrina, Minas Tênis, Saldanha da Gama, Uberlândia, Ulbra/Rio Claro
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O texto de apresentação das normas do Nacional atribui sua gestão à CBB e designa às Comissões Executiva e de Marketing apenas o caráter de "assessoria", logo em seu primeiro artigo.

Motivados pela desconfiança de que essas comissões não teriam grande influência no andamento da competição, os paulistas se uniram para lançar a ACB (Associação de Clubes de Basquete) em uma tentativa de se fortalecerem.

"Já participei de reunião, e são os interesses da CBB que prevalecem. A Comissão Executiva é uma obra de ficção", afirmou Cássio Roque, presidente da associação. Diante da ausência de diálogo com a confederação, os dissidentes criaram uma disputa paralela, a Supercopa.

Em resposta à reportagem do UOL Esporte sobre a abertura do regulamento, a entidade reguladora da modalidade no país afirmou que se trata "com certeza, de uma questão de interpretação", mantendo a linha de que são os clubes quem elaboram as regras. Seu papel seria reduzido ao de cumprimento do que for estabelecido. "As regras do 19º Nacional de masculino foram discutidas e aprovadas pela Comissão Executiva, que participam do campeonato, cabendo à CBB sua regulamentação e execução."

Diretor do Brasília, atual campeão nacional e inscrito na competição, Jorge Bastos minimizou o conflito apresentado pelo regulamento. "O que vale é o que está acontecendo na realidade. Tivemos participação na elaboração no que poderíamos ter. Não foi vedado nada, o texto não tem importância."

A discussão sobre o controle do Nacional é o maior motivo para a dissonância com os clubes de São Paulo, que decidiram boicotar o evento - apenas o Ulbra-Rio Claro se inscreveu, sustentando por uma parceria gaúcha. "Queremos autonomia para controlar o campeonato, o que é até bom para a CBB, que poderia se dedicar a cuidar de suas outras atribuições. Queremos ajudar", afirmou Cássio Roque.


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