O ala-armador Leandrinho já estabeleceu seu nome na NBA como um dos cestinhas mais explosivos da liga. Agora falta ao brasileiro entender como pontuar contra a forte defesa do San Antonio Spurs.

Pelo segundo ano consecutivo, o paulistano do Phoenix Suns se depara com o time texano nos playoffs. E esse confronto proporciona, novamente, uma queda brutal em seu rendimento ofensivo, exemplificada claramente na última partida, em que saiu de quadra zerado.

"Eu estava fazendo bandejas do mesmo jeito que sempre faço, e elas não entraram. Fiquei muito chateado e frustrado com isso", disse Leandrinho ao diário "Arizona Central". "Não foi uma noite boa para mim e tenho apenas de esquecê-la."

Com menos oportunidades desde a chegada de Grant Hill ao Arizona, Leandrinho ainda conseguiu média de 15,6 pontos por jogo na temporada regular. Em dois confrontos com os Spurs na primeira rodada dos mata-matas da Conferência Oeste, a soma foi reduzida para seis pontos por partida. No ano passado, a mudança foi de 18,1 pontos para 11,6.

Outra baixa em sua produção é uma de suas principais armas, o chute de longa distância. Ele converteu em média duas bolas de três pontos por partida na fase inicial, enquanto nos playoffs vai chegar ao duelo de sexta-feira, em casa, ainda sem acertar nada no quesito - falhou nas seis tentativas.

Não é só o volume que despencou. A eficiência também é reduzida drasticamente quando Leandrinho tem o sistema defensivo dos Spurs pela frente. O brasileiro por enquanto tem aproveitamento de 25% nos arremessos. Durante a temporada, a pontaria foi de 46,2%. Em 2007, o desnível foi de 47,6% para 35,5%.

Para o armador Steve Nash, um dos mais próximos ao paulistano no elenco dos Suns, não um marcador em específico que incomoda o companheiro, mas, sim, a postura dos arqui-rivais. "Eles fazem um bom trabalho na defesa do pick-and-roll", afirmou. "Às vezes Leandro também tem dificuldade para encarar os pivôs próximo à cesta. Talvez ele ainda não tenha se dado conta de como lidar com eles."