Phil Jackson tenta superar recorde de lenda dos Celtics
Giancarlo Giampietro
Em São Paulo
O nome de Red Auerbach tem caráter quase religioso na comunidade esportiva de Boston. O ex-técnico e dirigente foi o arquiteto da equipe mais dominante da NBA, nos anos 60. Ele é o recordista de títulos como treinador da liga, com nove.
De volta à decisão do campeonato, Phil Jackson, do Los Angeles Lakers, tenta superar essa marca. Por ironia, contra os próprios Celtics, na reedição do grande clássico.
Famoso por seu estilo agressivo nas entrevistas e a astúcia para lidar com as diversas personalidades de seus elencos, Auerbach, que morreu em 2006 aos 89 anos, foi um dos primeiros entusiastas dos atletas negros na liga, em tempos que os brancos predominavam.
Ele apostou em um estilo que beneficiava muito mais a capacidade atlética dos jogadores e formou uma dinastia nos anos 60. Foi campeão em 1957, 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65 e 66 no banco de reservas. Quando a conquista de 1968 veio, ele já atuava apenas como gerente geral, delegando ao pivô Bill Russel a função de jogador-técnico.
A relevância de Auerbach é tamanha na liga, que, quando Byron Scott (New Orleans Hornets) foi eleito o melhor treinador da atual temporada, ele teve de erguer um troféu com a silhueta do ídolo dos Celtics.
É a essa figura que Jackson, também criador de um mito pessoal à parte, tenta se igualar. O "Mestre Zen" foi campeão como jogador do New York Knicks em 1973, quando era adepto da contracultura.
Quando encerrou sua carreira, foi assistente dos New Jersey Nets em 1980-81 e comentarista de TV para a equipe em 1982, rodou por ligas menores e precisou de mais sete anos até ganhar a primeira chance como comandante na liga. No Chicago Bulls de um certo Michael Jordan. Ganhou seis títulos com a franquia, de 1991 a 93 e de 1996 a 1998.
Após um exílio espiritual - são recorrentes suas viagens pelo interior dos Estados Unidos ou da Austrália -, retornou para comandar mais um tricampeonato, pelo Los Angeles Lakers de Shaquille O'Neal e Kobe Bryant, de 2000 a 2002.
Em 2004, cansado do conflito de egos entre seus astros, se desligou do time. Menos de um ano depois, assumiu novamente o clube e ajudou no desenvolvimento de uma jovem base em torno de Bryant, que agora luta para dar o décimo anel de campeão ao seu vitorioso mentor.
O BANCO DOS TÉCNICOS | |||||||||||||||||||||
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Phil Jackson dirige o Los Angeles Lakers pela quinta vez em uma decisão da NBA | |||||||||||||||||||||
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LAKERS SÃO FREGUESES HISTÓRICOS | |||||||||||||||||||||
FINAL REÚNE 2 MAIORES VENCEDORES | |||||||||||||||||||||
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Famoso por seu estilo agressivo nas entrevistas e a astúcia para lidar com as diversas personalidades de seus elencos, Auerbach, que morreu em 2006 aos 89 anos, foi um dos primeiros entusiastas dos atletas negros na liga, em tempos que os brancos predominavam.
Ele apostou em um estilo que beneficiava muito mais a capacidade atlética dos jogadores e formou uma dinastia nos anos 60. Foi campeão em 1957, 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65 e 66 no banco de reservas. Quando a conquista de 1968 veio, ele já atuava apenas como gerente geral, delegando ao pivô Bill Russel a função de jogador-técnico.
A relevância de Auerbach é tamanha na liga, que, quando Byron Scott (New Orleans Hornets) foi eleito o melhor treinador da atual temporada, ele teve de erguer um troféu com a silhueta do ídolo dos Celtics.
É a essa figura que Jackson, também criador de um mito pessoal à parte, tenta se igualar. O "Mestre Zen" foi campeão como jogador do New York Knicks em 1973, quando era adepto da contracultura.
Quando encerrou sua carreira, foi assistente dos New Jersey Nets em 1980-81 e comentarista de TV para a equipe em 1982, rodou por ligas menores e precisou de mais sete anos até ganhar a primeira chance como comandante na liga. No Chicago Bulls de um certo Michael Jordan. Ganhou seis títulos com a franquia, de 1991 a 93 e de 1996 a 1998.
Após um exílio espiritual - são recorrentes suas viagens pelo interior dos Estados Unidos ou da Austrália -, retornou para comandar mais um tricampeonato, pelo Los Angeles Lakers de Shaquille O'Neal e Kobe Bryant, de 2000 a 2002.
Em 2004, cansado do conflito de egos entre seus astros, se desligou do time. Menos de um ano depois, assumiu novamente o clube e ajudou no desenvolvimento de uma jovem base em torno de Bryant, que agora luta para dar o décimo anel de campeão ao seu vitorioso mentor.