Confronto de filosofias estrangeiras marca decisão da NBA
Paulo Cobos
Da Folhapress
Em Boston (EUA)
Nas dez vezes anteriores que decidiram o título da NBA, Boston Celtics e Los Angeles Lakers construíram a mais importante rivalidade do basquete em confrontos da liga.
Mas nesta quinta, quando, após um hiato de 21 anos, irão se reencontrar em uma decisão da liga norte-americana, os mais vitoriosos times da história da competição também irão travar um confronto de filosofias. O jogo terá transmissão às 22h (horário de Brasília) pela "ESPN".
Pelo lado do Boston, de origem africana. No caso da equipe de Los Angeles, asiática. Escolhas que se traduzem no estilo de cada time -forte na defesa, caso dos Celtics, e no ataque, como o LA Lakers.
Para transformar um dos piores times da temporada passada em um finalista da atual, Doc Rivers, o técnico do Boston, levou para a equipe a "filosofia Ubuntu", palavra da língua bantu que é gritada por todos os jogadores da equipe no centro da quadra antes e depois de todos os treinos e jogos.
Originado na África do Sul e propagado pelo mundo por Nelson Mandela, ex-presidente do país, e pelo arcebispo Desmond Tutu, prêmio Nobel da Paz, o Ubuntu prega, entre outras coisas, o trabalho coletivo no lugar do sucesso individual.
Perfeito para quem teve que construir um novo time com as contratações dos astros Kevin Garnett e Ray Allen, que se juntaram a Paul Pierce, a outra grande estrela do Boston. "Na pré-temporada, Doc nos contou sobre o Ubuntu. É basicamente trabalho de equipe, não ser egoísta", diz Allen.
E realmente o Boston tem no trabalho coletivo o seu forte. Sua defesa, com média de 90 pontos sofridos por jogo, foi a segunda melhor da temporada regular, só atrás da do Detroit. "Viramos uma grande defesa porque um ajuda o outro", conta o pivô Kendrick Perkins.
Se uma "filosofia" estrangeira é novidade no caso do Boston, no do LA Lakers, é comum. O técnico Phil Jackson, que tenta o seu décimo título na função, é adepto de conhecimentos orientais, tanto que ganhou o apelido de "Mr. Zen".
O feng shui, conhecimento chinês que é a prática de melhor organizar elementos para fazer as pessoas atingirem seus objetivos, entusiasma muito o técnico. Essa é a especialidade dele. Com a chegada de Pau Gasol, ele deu a Kobe Bryant, o melhor da temporada regular, o coadjuvante perfeito - Lamar Odon é outro atleta de primeira linha da equipe californiana.
O time teve uma arrancada espetacular no final da fase de classificação e até agora passeou nos mata-matas -só perdeu três jogos na fase final.
Já o Boston caiu oito vezes e suou até para eliminar na primeira rodada dos mata-matas o Atlanta, franquia que não teve nem 50% de aproveitamento na temporada regular.
"Nossa vantagem é podermos adaptar nosso ataque de acordo com o adversário", comentou Jackson, o arquiteto do Chicago, seis vezes campeão nos anos 90 sob o comando de Michael Jordan na quadra.
A final da NBA será realizada em melhor de sete partidas. Por ter feito a melhor campanha na fase de classificação, o Boston tem o direito de fazer quatro jogos como mandante. O segundo confronto da série está programado para domingo, também em Boston.
Mas nesta quinta, quando, após um hiato de 21 anos, irão se reencontrar em uma decisão da liga norte-americana, os mais vitoriosos times da história da competição também irão travar um confronto de filosofias. O jogo terá transmissão às 22h (horário de Brasília) pela "ESPN".
Pelo lado do Boston, de origem africana. No caso da equipe de Los Angeles, asiática. Escolhas que se traduzem no estilo de cada time -forte na defesa, caso dos Celtics, e no ataque, como o LA Lakers.
Para transformar um dos piores times da temporada passada em um finalista da atual, Doc Rivers, o técnico do Boston, levou para a equipe a "filosofia Ubuntu", palavra da língua bantu que é gritada por todos os jogadores da equipe no centro da quadra antes e depois de todos os treinos e jogos.
Originado na África do Sul e propagado pelo mundo por Nelson Mandela, ex-presidente do país, e pelo arcebispo Desmond Tutu, prêmio Nobel da Paz, o Ubuntu prega, entre outras coisas, o trabalho coletivo no lugar do sucesso individual.
Perfeito para quem teve que construir um novo time com as contratações dos astros Kevin Garnett e Ray Allen, que se juntaram a Paul Pierce, a outra grande estrela do Boston. "Na pré-temporada, Doc nos contou sobre o Ubuntu. É basicamente trabalho de equipe, não ser egoísta", diz Allen.
E realmente o Boston tem no trabalho coletivo o seu forte. Sua defesa, com média de 90 pontos sofridos por jogo, foi a segunda melhor da temporada regular, só atrás da do Detroit. "Viramos uma grande defesa porque um ajuda o outro", conta o pivô Kendrick Perkins.
Se uma "filosofia" estrangeira é novidade no caso do Boston, no do LA Lakers, é comum. O técnico Phil Jackson, que tenta o seu décimo título na função, é adepto de conhecimentos orientais, tanto que ganhou o apelido de "Mr. Zen".
O feng shui, conhecimento chinês que é a prática de melhor organizar elementos para fazer as pessoas atingirem seus objetivos, entusiasma muito o técnico. Essa é a especialidade dele. Com a chegada de Pau Gasol, ele deu a Kobe Bryant, o melhor da temporada regular, o coadjuvante perfeito - Lamar Odon é outro atleta de primeira linha da equipe californiana.
O time teve uma arrancada espetacular no final da fase de classificação e até agora passeou nos mata-matas -só perdeu três jogos na fase final.
Já o Boston caiu oito vezes e suou até para eliminar na primeira rodada dos mata-matas o Atlanta, franquia que não teve nem 50% de aproveitamento na temporada regular.
"Nossa vantagem é podermos adaptar nosso ataque de acordo com o adversário", comentou Jackson, o arquiteto do Chicago, seis vezes campeão nos anos 90 sob o comando de Michael Jordan na quadra.
A final da NBA será realizada em melhor de sete partidas. Por ter feito a melhor campanha na fase de classificação, o Boston tem o direito de fazer quatro jogos como mandante. O segundo confronto da série está programado para domingo, também em Boston.