Splitter prefere ser referência na Espanha a jogar de graça na NBA
Fernando Narazaki
Em São Paulo
Ele tinha a oportunidade de atuar ao lado de Tim Duncan a partir do segundo semestre, mas abdicou de ter um dos melhores "professores" de sua posição para seguir no basquete espanhol. A escolha do pivô Tiago Splitter pode parecer estranha, mas o brasileiro garante ter motivos de sobra para seguir no TAU Ceramica em vez de se transferir para o San Antonio Spurs, franquia que o escolheu no draft da NBA de 2007.
"Estou muito bem lá no TAU. Lá estou como uma referência, conheço todos e estou muito bem ambientado", afirma o jovem de 23 anos, que preferiu renovar seu contrato por quatro anos com o time espanhol, com opção de transferência para a NBA em duas temporadas.
Splitter tornou-se um dos jogadores mais importantes do TAU em 2007/2008 e virou o centro das atenções na fase final da Euroliga, quando o time caiu nas semifinais. Na final da Liga ACB, o pivô brasileiro brilhou, marcando mais de dez pontos nas três partidas contra o Barcelona e pôde celebrar o título da competição.
Já na NBA, o atleta sabia que seria apenas um coajuvante em busca de espaço na equipe que tem Tim Duncan, Fabricio Oberto, Robert Horry, Kurt Thomas e Matt Bonner para a posição. "Todos sabem que lá eles jogam em torno do Duncan e do (armador) Tony Parker. Teria de buscar meu espaço. Cheguei a pensar muito, mas agora que decidi não quero mais ficar imaginando", diz.
Outro fator que pesou para a escolha foi o lado financeiro. Splitter não confirma, mas especula-se que o TAU teria aumentado em quatro vezes os seus rendimentos e não abriu mão do pagamento da multa rescisória, caso o brasileiro optasse pela transferência para os Spurs. "Eu teria de pagar a multa e isso faria com que eu jogasse praticamente de graça no primeiro ano. O TAU me ofereceu uma segurança e eu aceitei", aponta.
Com a situação definida, o pivô agora só quer saber de ajudar o Brasil a conseguir a vaga para as Olimpíadas de Pequim. Ele é o maior destaque da equipe comandada por Moncho Monsalve que precisa ficar entre os três primeiros do Pré-Olímpico da Grécia, que será realizado entre 14 e 20 de julho.
Para o técnico espanhol, aliás, a opção de Splitter mostra uma realidade do basquete mundial. "Tenho dúvidas se a NBA é tão boa assim", afirma Moncho, que destaca a força obtida pelas ligas européias nos últimos anos. "Espanha, Itália, França e Alemanha têm ligas fortes e de muito potencial", analisa.
Splitter comemorou título da Liga ACB e preferiu ficar no TAU por mais quatro anos |
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Splitter tornou-se um dos jogadores mais importantes do TAU em 2007/2008 e virou o centro das atenções na fase final da Euroliga, quando o time caiu nas semifinais. Na final da Liga ACB, o pivô brasileiro brilhou, marcando mais de dez pontos nas três partidas contra o Barcelona e pôde celebrar o título da competição.
Já na NBA, o atleta sabia que seria apenas um coajuvante em busca de espaço na equipe que tem Tim Duncan, Fabricio Oberto, Robert Horry, Kurt Thomas e Matt Bonner para a posição. "Todos sabem que lá eles jogam em torno do Duncan e do (armador) Tony Parker. Teria de buscar meu espaço. Cheguei a pensar muito, mas agora que decidi não quero mais ficar imaginando", diz.
Outro fator que pesou para a escolha foi o lado financeiro. Splitter não confirma, mas especula-se que o TAU teria aumentado em quatro vezes os seus rendimentos e não abriu mão do pagamento da multa rescisória, caso o brasileiro optasse pela transferência para os Spurs. "Eu teria de pagar a multa e isso faria com que eu jogasse praticamente de graça no primeiro ano. O TAU me ofereceu uma segurança e eu aceitei", aponta.
Com a situação definida, o pivô agora só quer saber de ajudar o Brasil a conseguir a vaga para as Olimpíadas de Pequim. Ele é o maior destaque da equipe comandada por Moncho Monsalve que precisa ficar entre os três primeiros do Pré-Olímpico da Grécia, que será realizado entre 14 e 20 de julho.
Para o técnico espanhol, aliás, a opção de Splitter mostra uma realidade do basquete mundial. "Tenho dúvidas se a NBA é tão boa assim", afirma Moncho, que destaca a força obtida pelas ligas européias nos últimos anos. "Espanha, Itália, França e Alemanha têm ligas fortes e de muito potencial", analisa.