Título é recompensa para aposta ousada dos Celtics
Do UOL Esporte
Em São Paulo
O gerente geral Danny Ainge passou os últimos meses da temporada 2006-2007 da NBA cheio de esperança, mesmo com seu time na lanterna da Conferência Leste. O disparate se justificava na torcida pelo posicionamento do "draft" da liga americana, que apresentava dois possíveis astros que poderiam mudar a face de uma franquia.
A sorte não esteve ao seu lado, ao menos nas chances para selecionar o pivô Greg Oden ou o ala Kevin Durant. Boston caiu para a quinta colocação do recrutamento. Mas foi justamente esse infortúnio que atirou o dirigente para outra direção, bem mais ousada.
Um caminho que rendeu à franquia dois astros - confirmados e, não, simples promessas -, uma completa reformulação e a composição do time que encerrou 22 anos de jejum da franquia mais vitoriosa da liga.
Ainge acumulou em seu elenco muitos promissores talentos ao redor de um veterano, Paul Pierce. Sem ter a chance de adicionar Oden ou Durant (que foram para Portland e Seattle, respectivamente), ele decidiu implodir a equipe, interrompendo um processo de renovação gradual. Em um ano, veio o título, com a maior virada da história da NBA. Em 2007, o total de vitórias foi de 24. Em 2008, o time somou 42 a mais.
O cartola se desfez de seu posto de seleção no "draft" em negociação com o Seattle Supersonics para contratar o ala Ray Allen. Depois orquestrou uma transação de cinco atletas (e mais duas escolhas futuras) por um e ganhou o grande prêmio, tirando Kevin Garnett de Minnesota.
O elenco formado ao redor desses dois reforços e Pierce foi posto em dúvida. Parte da mídia norte-americana titubeava em apontar os Celtics como favoritos devido à falta de um elenco que parecesse mais confiável para uma longa jornada.
Já na pré-temporada na Europa, porém, vieram os indícios de que a nova química dos Celtics poderia compensar qualquer desnível técnico interno. Quando o campeonato começou, a liga foi tomada de assalto por uma defesa implacável e um entrosamento que parecia vir de anos, quando era, na verdade, de semanas.
Boston cavalgou durante os dois primeiros terços da temporada. Foi o primeiro time a se garantir nos playoffs. E soube no início de abril, já usando muito mais os seus reservas, que teria o mando de quadra nos mata-matas.
Jogar em seus domínios foi crucial nos playoffs. O time penou para despachar os Hawks e os Cavaliers nas primeiras rodadas e só se safou com triunfos como mandante. Na decisão da conferência, contra os Pistons, sofreu o primeiro e único revés na cidade. Contra os Lakers, já com a confiança restabelecida, veio o atropelo final.
O próximo passo para os Celtics é o "draft" deste ano. Ainge agora já está realizado. Nem importa que seu time terá apenas a 30ª escolha.
AP Garnett e Pierce brecam Kobe Bryant e levam os Celtics ao 17º título da NBA |
A sorte não esteve ao seu lado, ao menos nas chances para selecionar o pivô Greg Oden ou o ala Kevin Durant. Boston caiu para a quinta colocação do recrutamento. Mas foi justamente esse infortúnio que atirou o dirigente para outra direção, bem mais ousada.
Um caminho que rendeu à franquia dois astros - confirmados e, não, simples promessas -, uma completa reformulação e a composição do time que encerrou 22 anos de jejum da franquia mais vitoriosa da liga.
Ainge acumulou em seu elenco muitos promissores talentos ao redor de um veterano, Paul Pierce. Sem ter a chance de adicionar Oden ou Durant (que foram para Portland e Seattle, respectivamente), ele decidiu implodir a equipe, interrompendo um processo de renovação gradual. Em um ano, veio o título, com a maior virada da história da NBA. Em 2007, o total de vitórias foi de 24. Em 2008, o time somou 42 a mais.
O cartola se desfez de seu posto de seleção no "draft" em negociação com o Seattle Supersonics para contratar o ala Ray Allen. Depois orquestrou uma transação de cinco atletas (e mais duas escolhas futuras) por um e ganhou o grande prêmio, tirando Kevin Garnett de Minnesota.
O elenco formado ao redor desses dois reforços e Pierce foi posto em dúvida. Parte da mídia norte-americana titubeava em apontar os Celtics como favoritos devido à falta de um elenco que parecesse mais confiável para uma longa jornada.
Já na pré-temporada na Europa, porém, vieram os indícios de que a nova química dos Celtics poderia compensar qualquer desnível técnico interno. Quando o campeonato começou, a liga foi tomada de assalto por uma defesa implacável e um entrosamento que parecia vir de anos, quando era, na verdade, de semanas.
Boston cavalgou durante os dois primeiros terços da temporada. Foi o primeiro time a se garantir nos playoffs. E soube no início de abril, já usando muito mais os seus reservas, que teria o mando de quadra nos mata-matas.
Jogar em seus domínios foi crucial nos playoffs. O time penou para despachar os Hawks e os Cavaliers nas primeiras rodadas e só se safou com triunfos como mandante. Na decisão da conferência, contra os Pistons, sofreu o primeiro e único revés na cidade. Contra os Lakers, já com a confiança restabelecida, veio o atropelo final.
O próximo passo para os Celtics é o "draft" deste ano. Ainge agora já está realizado. Nem importa que seu time terá apenas a 30ª escolha.