UOL Esporte Basquete
 
03/12/2009 - 07h01

Diretor da CBB nega plano B e confirma interesse em manter Moncho

Daniel Neves
Em São Paulo
  • Trabalho de Moncho foi considerado positivo pela CBB, que aguarda pela recuperação do treinador

    Trabalho de Moncho foi considerado positivo pela CBB, que aguarda pela recuperação do treinador

A permanência do técnico Moncho Monsalve no comando da seleção brasileira masculina de basquete está bem próxima de se tornar realidade. Após o treinador manifestar vontade de continuar no cargo, o diretor da Confederação Brasileira de Basquete, Vanderlei Mazzuchini, confirmou o interesse da entidade em manter o espanhol.

Em entrevista ao UOL Esporte, Vanderlei revelou que as conversas para a renovação do contrato de Moncho estão bem encaminhadas. “Por enquanto está tudo certo [para que ele permaneça]. O Carlos Nunes gosta do trabalho do Moncho, que é querido pelos jogadores. Mas tudo vai depender de um acerto no dia 17”, disse o dirigente, que admitiu que a CBB não tem um plano B caso não haja acerto. O único empecilho para o acordo é a saúde do treinador, que se recupera de uma cirurgia na coluna.

Há quatro meses no cargo, Vanderlei tem procurado manter contato com os principais jogadores da seleção para saber de suas reais condições. O objetivo é não repetir problemas anteriores na hora da convocação, como jogadores pedindo dispensas e gerando “fofocas” sobre suas negativas em defender o país.

“Isso é importante, pois assim sabemos como está a condição de cada um na época da convocação e evitamos a fofoca de outros tempos. É uma responsabilidade enorme e estou aprendendo muito. Estou fazendo tudo de coração aberto”, comentou o dirigente.

UOL Esporte – Como ficou a situação do técnico Moncho Monsalve? Ele permanecerá no comando da seleção masculina?
O presidente Carlos Nunes teve uma conversa com o Moncho após o sorteio do Mundial feminino. Ficou acertado que eles se reunirão novamente no dia 17, após a definição das chaves do Mundial masculino, para resolver a questão da permanência ou não do treinador. O Moncho passou por uma cirurgia complicada, então temos que ver quais serão as condições físicas dele. Este tempo também servirá para que ele possa se recuperar.

Após a Copa América, a diretoria da CBB disse que faria uma reunião para avaliar o trabalho do Moncho. Qual o resultado desta análise?
O trabalho foi bom, pois no esporte competitivo o importante são as vitórias. Claro que sempre vamos buscar melhoras. Os resultados foram super positivos, mas sabemos que no Mundial as coisas serão muito mais difíceis. Algumas pessoas disseram que eu briguei com o Moncho, mas isso é uma grande bobagem. Nós nos damos muito bem.

O Moncho manifestou interesse em continuar no comando da seleção. Se a CBB avaliou o trabalho como positivo, então a tendência é que ele continue?
Por enquanto está tudo certo [para que ele permaneça]. O Carlos Nunes gosta do trabalho do Moncho, que é querido pelos jogadores. Mas tudo vai depender de um acerto no dia 17. Teremos um calendário recheado, com o Mundial e o Sul-Americano. Vamos nos reunir com ele para apresentar a programação e ver o que acontece.

 

  • Divulgação/CBB

    Há quatro meses no cargo, Vanderlei tem mantido contato com os jogadores para evitar "fofocas"

Até que ponto a opinião dos atletas pesará em um acerto com Moncho?
Por mais que a gente tenha uma conversa legal com os jogadores, eles não sabem como será esse processo [de renovação com o técnico]. Eles têm uma relação legal com o Moncho, mas a seleção brasileira está acima de todos.

 

Caso não haja acerto com o Moncho, a CBB já pensou em um plano B?
Não existe um plano B. Já ouvi que conversamos com uns 15 nomes, inclusive durante a Copa América. Falaram muita besteira e nada do que disseram aconteceu. Por enquanto é tudo fofoca, só boatos. Estamos agindo de maneira ética, até porque temos tempo até o início da preparação. Podemos até errar, mas estamos tentando agir da maneira correta.

Como será a preparação do Brasil para o Mundial? A CBB tem algum torneio preparatório em vista?
Essa questão passa pelo acerto com a comissão técnica. Recebemos alguns convites para participarmos de torneios preparatórios na Europa, antes do Mundial da Turquia. Vamos passar tudo isso para a comissão técnica, que decidirá quais serão os mais interessantes. Também devemos disputar um torneio no Brasil.

O norte-americano Shamell, do Pinheiros, foi muito elogiado por Moncho e entrou com pedido para se naturalizar brasileiro, visando brigar por uma vaga na seleção. Como você vê a possibilidade de um estrangeiro defender o Brasil no Mundial?
Nada está fora de questão. Isso vai depender do técnico. Não vejo problema nenhum, mas nós não interferimos em nenhuma convocação. Isso é uma questão exclusiva do treinador.

Os jogadores disseram que a sua participação na Copa América melhorou a relação entre eles e a CBB. Como você analisa este seu início de trabalho como diretor da seleção masculina?
Estou há quatro meses no cargo e tenho procurado manter uma conversa permanente com os jogadores. Isso é importante, pois assim sabemos como está a condição de cada um na época da convocação e evitamos a fofoca de outros tempos. É uma responsabilidade enorme e estou aprendendo muito. Estou fazendo tudo de coração aberto.

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