UOL Esporte Basquete
 
07/01/2010 - 12h11

Hortência não descarta Bassul, mas busca técnico estrangeiro na Europa

Jorge Corrêa
Em São Paulo
  • Paulo Bassul vê seu cargo de técnico da seleção feminina em risco; estrangeiros podem assumir

    Paulo Bassul vê seu cargo de técnico da seleção feminina em risco; estrangeiros podem assumir

Faltando cerca de oito meses para os Mundiais de Basquete deste ano, as seleções brasileiras seguem com seus comandos indefinidos. Mas a Confederação Brasileira de Basquete está trabalhando e as respostas estão próximas de sair. Nesta quinta-feira, a diretora do time feminino, a ex-jogadora Hortência, viaja para a Europa, onde conversará com dois técnicos estrangeiros: um espanhol e outro italiano.

A cartola não descartou a permanência do técnico Paulo Bassul no comando na seleção feminina, mas disse querer ter outras opções. “Não quero falar de troca ou permanência. Quero apenas ter consistência na hora da escolha. Não posso tomar uma decisão como essa tendo apenas uma opção. Estamos colocando tudo na balança”, explicou Hortência.

DE FÉRIAS, PRESIDENTE DA CBB ‘ESQUECE’ MUDANÇAS

Quando assumiu a Confederação de Brasileira de Basquete ano passado, Carlos Nunes prometeu um choque de gestão na CBB. Um das principais mudanças foi a descentralização do comando dos times nacionais. Enquanto Vanderlei e Hortência definem o futuro das seleções, ele está de férias nos Estados Unidos.

“Os dois têm toda a habilidade possível para tomarem essas decisões. Neste momento, nem mesmo estou a par do que está acontecendo, mas sei que quando voltar na semana que vem, eles vão me apresentar algo concreto. Vou apenas assinar”, brincou o cartola que retorna à CBB na próxima segunda-feira.

“Quero ver tudo: experiência do técnico, conhecimento dele, interação com as jogadoras. Sendo estrangeiro ou não, preciso ver a contribuição que ele pode dar ao basquete”, completou a diretora. “E se por acaso mantivermos o Paulo, vamos mandar ele para Europa, estudar os times, ver as atletas atuando, para ganhar mais experiência.”

Apesar de não querer fixar datas, para que não seja muito cobrada, Hortência prevê um fim para essa novela no próximo mês. “Não quero ficar colocando datas, mas esperamos decidir até o final do mês [de janeiro] ou, no máximo, até 15 de fevereiro próximo.”

Além de conversar com os treinadores, que ela preferiu não revelar os nomes, a diretora da CBB também vai observar algumas atletas e conversará com a ala Iziane. A jogadora está fora da seleção desde o pré-olímpico de 2007, quando brigou com o técnico, foi cortada e disse que não voltaria ao time nacional enquanto Bassul estivesse no comando.

“Mesmo com tudo que se falou nos últimos tempos, nunca conversei com ela pessoalmente, só por e-mail. Quero vê-la e falar sobre tudo, pois ela é uma jogadora importante. Mas em nenhum momento a definição do técnico vai passar pela opinião dela. Sempre que conversei com a Iziane, de ela voltar para a seleção, nunca descartei a possibilidade de o Bassul estar lá”, completou.

Resposta sobre Moncho: 15 de janeiro

  • A resposta sobre a permanência do treinador Moncho Monsalve deve sair na próxima semana

A seleção brasileira masculina deve ter uma solução mais rápida que a feminina. De acordo com o diretor do time nacional, o ex-jogador Vanderlei Mazzuchini, a situação do técnico Moncho Monsalve deve sair até o dia 15 de janeiro. Segundo o cartola, a permanência do espanhol depende apenas das condições de saúde do treinador.

“Voltei à Espanha no mês passado, para ver como ele estava após a cirurgia [na coluna] e para avisar que estávamos conversando com outros treinadores. Pelo o que vi, ele já está muito bem, com um semblante melhor, sem as dores que ele sentia, por exemplo, na Copa América. Pelo respeito de todos ao trabalho que ele fez aqui, estamos esperando sua resposta até o final da próxima semana”, explicou.

Mesmo com a intenção de fazer um projeto longo para a seleção masculina - que começaria no Mundial da Turquia e iria até os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, passando pelas Olimpíadas de 2012 em Londres - Vanderlei disse que a CBB estaria disposta a abrir uma exceção, com Moncho ficando apenas mais este ano.

“Até pela idade, ele mesmo disse que dificilmente ficaria até 2012 ou 2016. Queremos um técnico mais novo para esse grande projeto que vamos começar, mas o Moncho é a prioridade para o Mundial”, completou Mazzuchini, sem revelar outros técnicos que teria conversando e deixando claro que qualquer nome divulgado é pura especulação.
 

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