UOL Esporte Basquete
 
08/01/2010 - 09h05

Semifinais do Nacional começam nesta sexta, mas sem exames antidoping

José Eduardo Martins
Da Folhapress
Em São Paulo

As semifinais do campeonato Nacional feminino de basquete começam nesta sexta-feira, e os exames antidoping não serão realizados. A confederação brasileira prometera em novembro, antes do no início do torneio que conta com 12 jogadoras da seleção, aplicar os testes.

TREINADORES QUEREM RETORNO DE RANKING

O desequilíbrio entre as equipes, com o domínio do pentacampeão Ourinhos, também fez com que o interesse pelo campeonato Nacional feminino diminuísse nos últimos anos.

Para equalizar o nível dos times, os técnicos querem a volta do sistema de ranking das atletas, já usado na década de 90.

"O ranking está nos nossos projetos. Vai depender do quanto conseguiremos reduzir nos custos administrativos dos times, que poderiam contratar mais atletas de fora", declarou José Carlos Brunoro, diretor da Confederação Brasileira de Basquete.

No fim de 2009, os dirigentes da entidade se reuniram com o médico Eduardo de Rose, da área de controle de doping do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e membro da Wada (Agência Mundial Antidoping), para definir uma estratégia para a aplicação dos exames.

De Rose ainda ministrou uma palestra para jogadoras e técnicos da modalidade, mas o plano de execução do antidoping ainda não foi aprovado, enquanto os dois principais campeonatos do país, o Nacional feminino e o Novo Basquete Brasil (NBB), do masculino, transcorrem sem os testes.

"Queremos primeiro fazer a parte educacional, o que não impede que haja exames nos últimos jogos. Antes de fazer os testes, alguns clubes e até nós [da CBB] precisávamos entender o assunto. Não adianta fazer [o exame] sem o conhecimento", justificou André Alves, diretor técnico da entidade.

A ideia da confederação é que sejam aplicados cerca de cem exames durante o ano. Até hoje, porém, nenhum torneio nacional da modalidade contou com os exames. Somente alguns torneios regionais adotaram a medida.

"Acho importante ter os testes, afinal temos atletas olímpicas que precisam passar por esse controle", afirma Urubatan Paccini, técnico da equipe de Ourinhos, líder da fase de classificação do Nacional feminino.

"Tudo que colocar o basquete nacional no patamar internacional deve ser feito. Se fosse possível, os testes deveriam ser realizados em todos os jogos", completou Luis Augusto Zanon, treinador do Americana.

Em busca de uma vaga na final, o Ourinhos recebe nesta sexta o Santo André, às 21h, no ginásio Monstrinho. Já o Americana joga a primeira partida da série melhor de cinco contra o Catanduva no mesmo horário, no ginásio do Centro Cívico.

A falta de qualidade e estrutura do torneio, que reúne apenas oito times de três Estados, também chamaram a atenção. Partidas com público pequeno, ginásios com goteira e longas viagens de ônibus foram só alguns dos percalços que as equipes enfrentaram.

O confronto entre Ourinhos e Catanduva, por exemplo, no conjunto esportivo Parque Iracema, em Catanduva, em dezembro, teve de ser paralisado por causa da chuva.

"Fizeram uma reforma emergencial no teto. De qualquer maneira, espero que não chova e a partida seja mesmo no Parque Iracema", diz Edson Ferreto, técnico do Catanduva, sobre o terceiro jogo da série, marcado para segunda-feira.

Memória
Alguns torneios regionais de basquete já aplicaram o antidoping. Na final dos Jogos Abertos do Interior-2005, Franca e Assis chegaram a retirar do torneio jogadores, que ficaram assustados com os testes de surpresa.

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