UOL Esporte Basquete
 
25/03/2010 - 14h00

Refugo dos Bulls, Salmons transforma Bucks na ameaça da Conferência Leste

Do UOL Esporte
Em São Paulo
  • John Salmons tenta cesta para o Milwaukee Bucks; jogador é o principal pontuador da equipe

    John Salmons tenta cesta para o Milwaukee Bucks; jogador é o principal pontuador da equipe

A carreira de John Salmons não é das mais bonitas na NBA. Foi draftado por um time, trocado na mesma noite para outro. Após seu primeiro contrato, mudou de cidade. Foi envolvido em trocas mais duas vezes. Mesmo com uma carreira errante, virou o herói de uma das viradas mais inesperadas do basquete norte-americano.

Desde que o ala chegou ao Milwaukee Bucks, o time se tornou a maior ameaça para os grandes da Conferência Leste. Entre dezembro de 2009 e janeiro de 2010, o Milwaukee perdeu 18 de 29 partidas. Com Salmons, os Bucks se transformaram no time mais quente na NBA. Em 17 partidas, foram apenas duas derrotas. Nem Los Angeles Lakers, nem Cleveland Cavaliers, nem Dallas Mavericks superam o desempenho.

Tudo isso, contando com refugos da NBA. O maior exemplo, claro, é Salmons. Ele entrou na NBA escolhido pelo San Antonio Spurs, disputou sua primeira temporada pelo Philadelphia 76ers. Após quatro anos na Filadélfia, foi para Sacramento. Nos Kings, durou só dois anos. Foi trocado para o Chicago Bulls, que defendeu por uma temporada, antes de chegar aos Bucks – nessa última troca, vale ressaltar, o Milwaukee foi quem fez força para ficar com o jogador.

Desde que chegou, o ala tornou-se o principal pontuador da equipe, com uma média de 20,5 pontos por partida – sua média com os Bulls eram de 12,7 pontos. “Não poderíamos querer mais. Ele é ótimo na quadra e também fora dela. É um cara calmo, que nos ajuda muito”, diz o diretor geral do time, John Hammond.

Além de Salmons, o técnico Scott Skiles foi demitido, em 2008, dos Bulls. O argentino Carlos Delfino, titular da lateral, não tinha se encontrado desde que chegou na NBA. O mesmo acontece com o turco Ersan Ilyasova, um dos principais reservas do time.

Até mesmo o estreante Brandon Jennings, um dos melhores novatos da liga em 2009/10, escapa da pecha: ele abriu mão de jogar no basquete universitário (as regras da NBA exigem ao menos um ano antes de ser draftado) e foi para a Europa. Não teve grande destaque por lá, mas fez uma temporada brilhante pelos Bucks.

Outro motivo para a melhora é Andrew Bogut. O pivô australiano, que, nas épocas de basquete universitário travava duelos com o brasileiro Rafael Araújo, o Baby, que não conseguiu se firmar na NBA, finalmente virou o jogador que os Bucks esperavam quando o draftaram com a primeira escolha em 2005.

Aos 25 anos, é o maior reboteiro do time, com um aproveitamento de 10,3 por jogo, além de ser segundo cestinha da equipe na temporada - com uma média de 16 pontos a cada partida. Em março, é o líder da NBA em tocos, com 3,4 por jogo.

“Ele foi o primeiro no draft e há muita pressão por causa disso, mas agora está amadurecendo. Além de ser ótimo na marcação, ele está se desenvolvendo em outros fundamentos”, explica o diretor geral John Hammond.

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