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Impulsionados por 'efeito Richardson', Suns iniciam batalha por volta entre os tops da NBA

Jason Richardson enterra em uma das vitórias dos Suns sobre o Portland Trail Blazers - Otto Greule Jr/Getty Images/AFP
Jason Richardson enterra em uma das vitórias dos Suns sobre o Portland Trail Blazers Imagem: Otto Greule Jr/Getty Images/AFP

Do UOL Esporte

Em São Paulo

03/05/2010 06h58

Já são quatro anos sem disputar a final do Oeste da NBA. Desde a temporada 2005/2006, quando caiu para o Dallas Mavericks, o Phoenix Suns não chega à decisão da Conferência. Desta vez, a equipe do Arizona aposta no crescimento de um jogador nos playoffs para quebrar o pequeno jejum. O ala-armador Jason Richardson é o cestinha do time na pós-temporada, com média de 23,5 pontos por jogo.

O novato do ano em 2001, hoje com 29 anos, impulsionou os Suns na primeira rodada dos playoffs. Nos jogos que culminaram na eliminação do Portland Trail Blazers, Richardson foi o cestinha em três oportunidades e maior reboteiro da equipe por mais três vezes.

MÉDIAS DOS ASTROS DOS SUNS NA NBA

Atletas Números na fase regular Números nos playoffs
Richardson
15.7pontos
5.1 rebotes
0.84 roubos
23.5 pontos
6.8 rebotes
1.17 roubos
Stoudemire
23.1 pontos
8.9 rebotes
0.63 roubos
20.5 pontos
5.5 rebotes
0.33 roubos
Nash
16.5 pontos
3.3 rebotes
0.52 roubos
15.0 pontos
2.2 rebotes
0.17 roubos

O crescimento de Richardson foi impressionante. Na fase regular ele acumulou média de 15,7 PPJ (pontos por jogo), 5,1 RBJ (rebotes por jogo) e 0,8 roubos por partida. Já nos playoffs, os números subiram para 23,5 PPJ, 6,8 RPJ e 1,2 roubos de bola. Assim, ele superou o habitual cestinha Amare Stoudemire e o armador Steve Nash, que foram os maiores pontuadores dos Suns na temporada.

Além de liderar as estatísticas de pontos, a alta de Richardson fez com que o ala subisse do quarto posto ao segundo em rebotes apanhados e de segundo para líder em roubadas de bola pela equipe de Phoenix nos playoffs. Curiosamente, nos dois jogos em que Jason teve baixa pontuação (14 e 15 tentos), aconteceram as duas únicas derrotas dos Suns para os Blazers na série.

Humilde e consciente de que não é uma das grandes estrelas do time, Richardson explicou seu papel na equipe após a vitória que garantiu a vaga dos Suns nas semifinais do Oeste. "Todo mundo sabe o que Steve (Nash) pode fazer, e todo mundo sabe o que Amare (Stoudemire) pode fazer. Eu só estou tentando ser o coringa para nos ajudar a conseguir vitórias e tentar ir o mais longe possível nos playoffs", falou após o triunfo de 99 a 90 sobre os Blazers, onde marcou cinco cestas da linha dos três pontos.

Astro dos Suns, o ala-pivô Amare Stoudemire não pode deixar de reconhecer a importância do parceiro na fase decisiva da NBA. "Ele tem sido um ótimo complemento para esta equipe, uma grande ajuda para os playoffs, e espero que possamos ver seu grande jogo continuar na próxima série", afirmou.

Esta é apenas a segunda aparição de Jason Richardson nos playoffs. A primeira ocorreu na temporada 2006/2007, com sua primeira equipe, o Golden State Warriors. Na ocasião, eliminado após 11 partidas, ele terminou com médias de 19,1 PPJ e 6,7 RBJ, números já superados neste ano com o Phoenix Suns.

A equipe do Phoenix Suns começa sua jornada em busca do retorno à decisão do Oeste nesta segunda-feira, em complicado duelo contra o San Antonio Spurs, que chega embalado após superar o favorito Dallas Mavericks no clássico texano. Os Suns, do brasileiro Leandrinho, porém, contam com a vantagem de realizarem o sétimo jogo, se necessário, em casa, já que fizeram melhor campanha na fase regular. O jogo 1 da série ocorre às 21h30 (horário de Brasília), no ginásio US Airways Center, no Arizona.