''Bad Boy'', Rasheed Wallace prova que é útil aos Celtics com força e provocações

Rasheed Wallace é um dos jogadores mais polêmicos da NBA, mas no último domingo o veterano mostrou porque o técnico Doc Rivers insistiu em trazê-lo para Boston nesta temporada. Os Celtics abriram as finais da Conferência Leste com uma importante vitória fora de casa sobre o Orlando Magic por 92 a 88 e o principal mérito da equipe de Doc Rivers foi conseguir parar o pivô Dwight Howard ofensivamente. Graças, em parte, à atuação física e psicológica do problemático ala-pivô.

Principal arma do ataque da equipe, o chefe do garrafão dos Magic anotou apenas 13 pontos, cometeu sete erros, levou uma falta técnica e teve um aproveitamento ruim nos arremessos de quadra, acertando apenas três em dez tentativas. Nos quatro jogos contra o Atlanta Hawks, por exemplo, a média do pivô foi de 21 pontos e 84% nos arremessos de quadra.

A marcação dos Celtics contra o melhor pivô da NBA foi implacável e contou com uma boa dose de força, truculência e jogo psicológico por parte de Kendrick Perkins, Glen Davis e, principalmente, Rasheed Wallace. “Nós vimos filmes de seus jogos. Os adversários o deixavam fazer o que quer. Você precisa ser físico porque ele [Howard] joga fisicamente”, afirmou o veterano de 35 anos, provando que veio à Boston neste ano com uma missão clara: fortalecer o garrafão dos Celtics contra Dwight Howard.

Prova da importância de Wallace na série contra os Magic foram seus 13 pontos em 20 minutos em quadra. Contra os Heat e os Cavaliers, por exemplo, suas médias estavam em cinco pontos e 15 minutos por jogo. O veterano, contudo, tem uma missão especial contra os Magic: mexer com a cabeça de Howard. “Nós queremos que ele seja um provocador, que incomode Dwight, faça-o reagir”, confessou o colega de garrafão, Glen Davis.

Esta é uma missão que Wallace se sente a vontade. Jogador que mais levou faltas técnicas na história da NBA com mais de trezentas anotações na carreira, ele manteve a fama de “Bad Boy” nesta temporada, sendo obrigado a pagar mais de US$ 100 mil em multas aplicadas pela Liga por conta de críticas a árbitros e faltas técnicas. “Ele me falou ‘Não importa o que eu faça durante a temporada regular, eu serei julgado pelo que fizer nos playoffs”, disse o treinador, citando uma conversa com o polêmico ala-pivô.