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Brasil encerra fase de preparação pré-Mundial sem atingir metas de Rubén Magnano

Técnico Rubén Magnano estabeleceu duas metas coletivas para a seleção brasileira: ter pelo menos 25 assistências distribuídas entre a equipe e ter cinco ou mais jogadores anotando dez ou mais pontos. Entretanto, em nenhuma partida contra adversários que estarão no Mundial as duas metas foram alcançadas. - Divulgação/CBB
Técnico Rubén Magnano estabeleceu duas metas coletivas para a seleção brasileira: ter pelo menos 25 assistências distribuídas entre a equipe e ter cinco ou mais jogadores anotando dez ou mais pontos. Entretanto, em nenhuma partida contra adversários que estarão no Mundial as duas metas foram alcançadas. Imagem: Divulgação/CBB

Do UOL Esporte

Em São Paulo

24/08/2010 07h05

O Brasil termina a série de amistosos preparatórios para o Mundial de basquete da Turquia nesta terça-feira em partida contra a França, em Lyon. Entre lesões de atletas importantes e confrontos com equipes campeãs olímpicas e mundiais, a seleção brasileira chega ao Mundial da Turquia sem cumprir as metas estabelecidas pelo técnico Rubén Magnano.

O argentino, que assumiu a equipe brasileira no início do ano, trabalhou para que o Brasil alcançasse 25 assistências por partida e tivesse, pelo menos, cinco atletas anotando mais de dez pontos por partida. Os dois objetivos estão diretamente relacionados ao jogo coletivo, pregado pelo técnico campeão olímpico em Atenas-2004.

Nos sete jogos amistosos realizados pela seleção brasileira antes do Mundial, só no primeiro, no início de agosto, contra a frágil Venezuela, a seleção atingiu as “metas solidárias” do argentino. O ponto negativo: os números só foram atingidos contra o único adversário da preparação brasileira que não se classificou para o Mundial. Ao todo, seis jogadores anotaram mais de dez pontos na vitória por 92 a 50, além de exatas 25 assistências distribuídas. A partir daí, nunca mais os dois objetivos foram alcançados.

Algumas partidas, aliás, tiveram números bastante distantes daqueles esperados por Magnano. Na derrota diante da atual campeã mundial, Espanha, no Torneio de Logroño, somente Marcelinho Machado e Leandrinho superaram os dez pontos e a equipe anotou só oito assistências. Vale lembrar, contudo, que os pivôs Tiago Splitter e Nenê foram poupados da competição, e o armador Marcelinho Huertas atuou apenas sete minutos por conta de dores no joelho.

AS METAS COLETIVAS DE RUBÉN MAGNANO

Adversário + 10 Pontos Assistências
Venezuela 6 atletas 25
Angola 4 atletas 24
China 3 atletas 19
Argentina 3 atletas 17
Espanha 2 atletas 8
Austrália 2 atletas 8
Costa do Marfim 6 atletas 23

No último domingo, contra a Austrália, os jogadores que irão ao Mundial estiveram em quadra (exceto JP Batista, chamado para substituir Nenê) e os números também ficaram aquém das metas de Magnano. Marcelinho Huertas e Leandrinho foram os únicos a anotar mais de dez pontos e, mais uma vez, a equipe inteira distribuiu apenas oito assistências.

Contra a Costa do Marfim, vice-campeão africano e o time mais frágil enfrentado desde a Venezuela, o time, ao menos, ficou perto dos números pedidos pelo argentino. Foram seis com 10 ou mais pontos (Marcelinho Machado, Murilo, Alex, Leandrinho, Marquinhos e Splitter), mas 23 assistências.

Ao final da série de amistosos que se encerra na terça-feira, o Brasil terá enfrentado adversários de qualidade. Sete, de um total de oito equipes, estarão no Mundial da Turquia. Uma é a atual campeã mundial (Espanha). Outra, atual campeã africana (Angola). Além de uma campeã olímpica (Argentina, em 2004). China, Costa do Marfim e Austrália completam a lista. A Venezuela é a única que não se classificou para o Mundial.

O Brasil enfrenta a França na terça, às 15h30, para fechar a sequência de amistosos preparatórios. A equipe estreia no Mundial da Turquia contra o Irã, no próximo dia 28 de agosto. A equipe está no grupo B, que também conta com Croácia, Estados Unidos, Tunísia e Eslovênia.