Perseguido, Nezinho brinca sobre a torcida de Franca: "Eles sentem medo"
Fanático por basquete, o público de Franca lotou o ginásio Pedrocão e ovacionou 23 dos 24 atletas que participaram do Jogo das Estrelas do Novo Basquete Brasil (NBB). A exceção foi Nezinho. A rivalidade do período de duelos históricos contra Ribeirão Preto foi lembrada pela torcida local, que perseguiu o armador do Brasília durante toda a festa.
“Para mim isto é normal aqui em Franca”, disse Nezinho. “Quando era mais novo, ainda meio que me assustava. Mas é tranquilo, faz parte da festa. Isto mostra o respeito que eles têm pelo meu basquete. Quando me veem, sentem um pouco de medo, pois sabem que podem perder”.
Nezinho foi escolhido para participar do Jogo das Estrelas em uma eleição entre jornalistas especializados. Eleito para a reserva do combinado brasileiro, o armador foi vaiado desde quando foi apresentado ao público do ginásio até o momento em que tocou na bola pela última vez no jogo.
Em todos seus lances no duelo festivo, Nezinho foi ‘marcado’ pela torcida. Foi vaiado quando pegou na bola, quando tentou um arremesso e até mesmo quando foi substituído. Os únicos aplausos que o armador ganhou do público, irônicos, surgiram quando falhou em tentativas de três pontos.
A pressão, porém, parece não abalar o jogador do Brasília e da seleção brasileira. Nezinho afirmou ter sido ‘algoz’ de Franca em várias oportunidades e provocou a torcida sobre o jejum de títulos em confrontos diretos contra ele.
“Fui três vezes campeão por outras equipes jogando aqui dentro. Isto traz um pouco de transtorno para a cidade, que vive basquete. Fiquei seis anos em Ribeirão e fui campeão, enquanto Franca não ganhou nada. É por isso que eles pegam no meu pé”, disse Nezinho.
Se o armador nega sentir a pressão, pelo menos neste sábado as vaias da platéia fizeram efeito. Nezinho esteve em quadra por mais de 15 minutos, errou todos os arremessos que arriscou e terminou zerado.
* Jornalista viajou a convite da organização do NBB
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