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Numerologia 'dá errado', e Bábby amarga lesões e irregularidade com novo nome

Bábby mudou grafia de seu apelido e o número da camisa para a temporada do NBB - Alexandre Vidal/Fla Imagem
Bábby mudou grafia de seu apelido e o número da camisa para a temporada do NBB Imagem: Alexandre Vidal/Fla Imagem

Daniel Neves

Em São Paulo

28/04/2011 07h00

O pivô Rafael Araújo iniciou a atual temporada em busca de um recomeço. Após ano ruim, procurou um numerólogo e decidiu trocar de apelido e número de camisa em sua segunda passagem pelo Flamengo. Baby passou a ser Bábby, mas a mudança não impediu que as lesões voltassem a perseguir o jogador, que vive sua pior temporada no basquete brasileiro.

MUDANÇA FOI ERRADA, DIZ NUMERÓLOGA

  • Divulgação

    A explicação para o momento ruim de Bábby pode estar na própria mudança de nome. Segundo a numeróloga Aparecida Liberato, a nova grafia do apelido do pivô trouxe energias negativas para o jogador.

    “O nome Baby tem o número 3 como energia, o que favorece a comunicação, a desenvoltura, a criatividade e a visibilidade. O nome Bábby tem o número 14=5, que é uma energia instável e sujeita a riscos. Aumenta a impulsividade e não traz harmonia”, disse a numeróloga.

    Aparecida Liberato também indicou que, segundo os números, a atual temporada é propícia para que Bábby sofra com lesões. “Temos que levar em conta que ele vive atualmente, até seu próximo aniversário, o ano de energia 7, que traz problemas de saúde. O ano 7 é bastante limitador e traz falta de energia física”, afirmou.

    Mas as coisas devem melhorar para Bábby no próximo ano. De acordo com a numeróloga, será quando o pivô atingirá seu auge. “Entrará em um ano 8, que é exatamente o número que está em seu nome de nascimento e que indica seu destino. Terá mais energia, grande vitalidade e condições de mostrar toda a sua capacidade como jogador. Irá se destacar na sua categoria, como atleta. Terá então o reconhecimento necessário”.

A temporada 2009-10 foi conturbada para Baby. Jogando pelo Paulistano, sofreu com lesões e ficou de fora dos playoffs do Novo Basquete Brasil (NBB) após contrair dengue. O pivô ainda foi afastado por indisciplina por beber cerveja no ônibus da equipe, ao lado de André Bambu. Contratado pelo Flamengo ao fim daquele ano, o pivô decidiu que era o momento de mudança. Foi quando ‘surgiu’ Bábby, que utiliza a camisa 66.

“Sou muito supersticioso. Tive um ano ruim e achei que era o momento de buscar uma coisa nova. Consultei um numerólogo e foi quando decidi mudar o nome e o número da camisa. Acho que é uma coisa boa, que só veio a dar certo”, comentou o pivô.

O apelido ‘Baby’ surgiu quando o pivô iniciava seu caminho no basquete, nas categorias de base do Corinthians. Com a camisa 55, fez carreira vitoriosa no esporte universitário dos Estados Unidos e atuou na NBA, onde defendeu Toronto Raptors e Utah Jazz. O número também foi usado em sua primeira passagem pelo Flamengo, em 2008, nas conquistas do NBB e da Liga Sul-Americana de Clubes.

Como Bábby e utilizando a camisa 66, o pivô voltou a conviver com problemas de lesão nesta temporada. Sofreu uma fratura na clavícula durante a fase classificatória do NBB, que o deixou afastado das quadras por duas semanas. Quando estava para retornar, sentiu um problema na coluna que o deixou ‘travado’ na cama e que fez com que o pivô desfalcasse o Flamengo nas quartas de final do NBB, contra o Limeira.

“Estou a base de remédios e injeções. O fisioterapeuta do Flamengo tem que vir até minha casa para três sessões diárias de trabalho. Estou andando igual a um caranguejo e mal consigo sair da cama”, contou Bábby. “Mas é algo que pode acontecer com qualquer atleta, é normal”.

DESEMPENHO DE BÁBBY NAS TRÊS EDIÇÕES DO NBB

 2008-092009-102010-11**
EquipeFlamengoPaulistanoFlamengo
Jogos351624
Pontos*13,414,312,3
Rebotes*6,27,55,8
Assistências*0,90,60,6
Roubadas de bola*0,50,60,6
Tocos*0,40,40,1
  • * Média na temporada
  • ** Temporada em andamento

Dentro de quadra a mudança de nome e número também não surtiu o efeito esperado. Bábby segue como a grande referência do Flamengo no garrafão, mas amarga seu pior desempenho em três participações no NBB. Em 24 jogos, manteve médias de 12,33 pontos, 5,83 rebotes e 0,63 assistência. O pivô, porém, minimiza os problemas e afirma que as indicações de seu numerólogo foram benéficas.

“Não deu azar não. Todo atleta está sujeito a lesões como as que eu tive e acredito que estava em um bom momento antes de me machucar. Vou voltar ainda mais fortalecido e ajudar o Flamengo a dar muitas alegrias a essa torcida maravilhosa”, afirmou Bábby.