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Fã de Pau Gasol, Lucas Bebê espera sondagem para se arriscar no draft da NBA

Lucas "Bebê" tentará chamar a atenção de olheiros antes de se arriscar no draft da NBA - Divulgação/CBB
Lucas 'Bebê' tentará chamar a atenção de olheiros antes de se arriscar no draft da NBA Imagem: Divulgação/CBB

Guilherme Coimbra

No Rio de Janeiro (RJ)

06/05/2011 07h00

A NBA pode ganhar mais um representante brasileiro na próxima temporada. Pelo menos, este é o sonho do jovem Lucas 'Bebê' Nogueira. Aos 18 anos, o pivô passará por um período de treinamentos nos Estados Unidos para tentar chamar a atenção de olheiros e confirmar seu interesse em participar do draft da liga norte-americana.

                  RAIO-X: LUCAS 'BEBÊ'

Nome:Lucas Riva Nogueira
Posição:Pivô
Altura:2,13 m
Clubes:Central (RJ) e Estudiantes (ESP)

Bebê foi chamado para treinar em uma clínica nos Estados Unidos sob o comando de Jarren Akana, ex-técnico de Denver Nuggets e Dallas Mavericks. Pré-inscrito para o draft da NBA, o pivô confirmará sua participação na seleção apenas se receber sondagens das equipes da liga norte-americana durante o período de treinamentos no país.

“O mais importante é que ele sinta o clima e entenda como é treinar por lá, que é completamente diferente daqui e da Europa”, explicou Arlem Lima, um dos agentes do jogador. “Não vamos incluí-lo no draft se ele não estiver bem cotado pelos olheiros”.

Com 2,13 m, Lucas Bebê chama a atenção pela semelhança física com outro pivô brasileiro que atua na NBA, Nenê Hilário. O jovem atleta, porém, tem como ídolo o espanhol Pau Gasol e se inspira no astro do Los Angeles Lakers para ter sucesso na profissão.

“Eu me espelho muito no [Pau] Gasol. É um cara que não é forte, mas com a técnica que tem chegou a ser um dos melhores jogadores do mundo”, comentou Bebê, que revelou sua vontade em passar a atuar na posição 4 (ala-pivô), e não como pivô. “Adoro arremessar da linha de três, mas o meu técnico não gosta muito. Então treino escondido. Muitas vezes arrisco um chute e ouço um ‘não’ vindo do banco. Mas, quando a bola cai, escapo da bronca”.

Nascido em São Gonçalo (RJ), Bebê teve o primeiro contato com a bola laranja aos 14 anos. Irmão e filho de ex-jogador de futebol, até tentou a sorte nos gramados, mas a altura avantajada fez com que recebesse vários convites para jogar basquete.

“No começo foi difícil. Minha família não acreditou muito, eu nunca tinha quicado uma bola. Mas passei três anos maravilhosos no Central, de Niterói. O basquete me conquistou pela elegância e pela inteligência. Um segundo no basquete não é nada e é preciso ser muito inteligente para se destacar”, disse o jovem jogador.

O bom desempenho, principalmente na Copa América sub-19, chamou a atenção de olheiros. Antes disso, porém, já tinha um acordo com o Estudiantes, clube espanhol onde atuou nos últimos três anos pelas categorias de base. Caso não participe de draft, o pivô deve voltar à equipe de Madri. O retorno ao Brasil, inicialmente, está descartado a curto prazo.

“O NBB melhora a cada ano, mas é um campeonato para jogadores adultos, já consagrados”, opinou Bebê. “Faltam torneios de base e por isso os jogadores acabam saindo do país cada vez mais cedo. Na Europa há mais torneios para jovens”.