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Paralisação na NBA proíbe contatos, afeta evento no Brasil e atrapalha até casamento

Wade e LeBron estiveram no casamento de Chris Bosh, mas separados de dirigentes - Reprodução
Wade e LeBron estiveram no casamento de Chris Bosh, mas separados de dirigentes Imagem: Reprodução

Do UOL Esporte

Em São Paulo

20/07/2011 07h00

A paralisação total na NBA gerou algumas situações inusitadas para os membros da liga norte-americana. A proibição do contato entre jogadores e dirigentes criou uma série de ‘saias-justas’, influenciou listas de casamento e tem atrapalhado a realização de eventos beneficentes.

NBA DIVULGA CALENDÁRIO PARA 2011-12

  • AFP

    O impasse entre dirigentes e atletas que culminou em uma paralisação completa das atividades parece não preocupar a NBA.

    A liga norte-americana mostrou confiança na resolução do problema e anunciou nesta terça-feira o calendário completo para a próxima temporada.
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O caso mais emblemático ocorreu com o casamento do ala Chris Bosh, do Miami Heat, que trocou alianças com a modelo Adrienne Williams no último domingo. Até dias antes da cerimônia, a presença dos dirigentes da franquia da Flórida esteve ameaçada por causa da proibição da NBA.

Após pedido do jogador, a liga norte-americana abriu uma exceção para que o gerente geral do Heat Pat Riley, o vice-presidente Nick Arison e o técnico Erik Spoelstra estivessem presentes no casamento. Mesmo assim, ficaram em uma área separada dos jogadores e só encontraram com os atletas na pista de dança.

Além do noivo, estiveram presentes na cerimônia os jogadores do Heat LeBron James, Dwyane Wade e Juwan Howard. Os atletas ficaram sentados de um lado do salão, enquanto os dirigentes estiveram acomodados em outro.

Os eventos beneficentes também tem sofrido com as restrições impostas pela NBA. Proprietário do Charlotte Bobcats, Michael Jordan participaria de um torneio de golfe nos Estados Unidos, mas foi ameaçado de uma pesada multa pela liga norte-americana. Isto porque a competição também contará com a presença dos jogadores Ray Allen (Boston Celtics), Jason Kidd (Dallas Mavericks) e Deron Williams (New Jersey Nets).

Até mesmo o Brasil acabou afetado pela regra. Voltada a jovens atletas, a clínica Basquete Sem Fronteiras volta ao país após quatro anos. Ao contrário de sua primeira edição, porém, desta vez o evento promovido pela NBA não contará com a participação dos brasileiros que atuam na liga, como Leandrinho, Nenê e Anderson Varejão. Apenas técnicos e ex-atletas participarão da clínica que será realizada na próxima semana, no Rio de Janeiro.

A tendência é que estas ‘saias-justas’ continuem por um bom tempo. Isto porque os representantes dos atletas e dos dirigentes seguem longe de um acordo sobre o novo contrato trabalhista para as próximas temporadas da NBA. Enquanto isto, todas as instalações das equipes permanecem fechadas e os jogadores seguem impedidos de qualquer contato com direção ou corpo técnico de suas respectivas franquias.