Marcel evita 'papo basquete' com genro Giovannoni e vê seu funk desatualizado
Peça fundamental da conquista do Pan-Americano de 1987, o ex-jogador Marcel de Souza é um crítico ácido da falta de resultados expressivos da seleção brasileira nos últimos anos. As ‘cornetadas’, porém, passam bem longe de casa. Sogro do ala-pivô Guilherme Giovannoni, ele evita falar de basquete em família para não criar uma ‘saia-justa’ para o marido de sua filha.
BRASIL ATROPELA O CANADÁ EM TESTE
O Brasil passou com louvor na primeira das três ‘provas de fogo’ que terá antes do Pré-Olímpico das Américas. Com uma defesa sólida e desempenho arrasador no primeiro quarto, os comandados de Rubén Magnano atropelaram o Canadá por 88 a 70, nesta quarta-feira, pela Copa Tuto Marchand.
“Não converso de seleção brasileira com ele, pois é chato ficar criticando com o cara lá na seleção”, disse Marcel, em entrevista ao UOL Esporte. “Ele está fazendo o seu melhor e tem que estar engajado com o técnico. Tem que fazer o que acha e acabou. Nesta época de competições então, só digo ‘bom jogo’. O Guilherme é um cara esclarecido, entende mais de basquete do que eu”.
Giovannoni e Gabriela, filha de Marcel, estão juntos há cinco anos. O ex-jogador admite que, no início do relacionamento entre os dois, procurou evitar as críticas à seleção para não desagradar o novo genro. Mas a série de fracassos do time nacional fez com que reavaliasse a decisão.
“Quando ele se comprometeu com a minha filha, durante um tempo eu parei de criticar a seleção brasileira. Mas depois achei que era demais. Não podia parar de criticar o time porque o cara é meu genro. E eu sou um cara que critica”, contou Marcel.
A decepção do ex-jogador com os resultados obtidos pela seleção brasileira gerou um protesto inusitado. Em 2008, após fracasso no Pré-Olímpico Mundial, Marcel compôs o ‘Funk do Basqueteiro’, música em que critica ferozmente a maneira de atuar do time nacional. Três anos depois, o ex-atleta se esquiva de falar sobre o tema e diz que a canção está desatualizada.
“O funk foi um jeito de falar, foi feito para a outra Olimpíada, em um momento em que o Moncho [Monsalve] ainda era o técnico. E quatro anos depois ainda estamos falando disso. É um sucesso na internet. Isto é irrelevante no momento”, comentou Marcel.
RELEMBRE MARCEL E O FUNK DO BASQUETEIRO
Em entrevista recente ao Sportv, o ex-jogador afirmou que uma nova canção estaria pronta para o Pré-Olímpico deste ano, o ‘Tango do Basqueteiro’. Na conversa com o UOL Esporte, porém, Marcel mostrou-se irritado sobre o assunto. “Foi uma jogada de marketing, uma brincadeira. Não tem nada de tango. Não tenho mais tempo de fazer isso”.
QUATRO ANOS APÓS FIASCO, BRASIL TEM NOVOS ÍDOLOS POR VAGA OLÍMPICA
Quatro anos se passaram desde que o Brasil fracassou em sua última participação no Pré-Olímpico das Américas, disputado em Las Vegas. Em 2007, o foco dos holofotes do time nacional eram Leandrinho e Nenê, que vinham prestigiados por boa temporada na NBA. Marcelinho Machado era titular absoluto e Marcelinho Huertas era mero coadjuvante.
Em Mar del Plata, porém, a esperança de encerrar o jejum de 16 anos sem participações olímpicas recairá sobre outros ombros. Confira o que mudou na seleção brasileira durante o último ciclo olímpico
Marcel elogiou a qualidade dos jogadores brasileiros e se mostrou otimista com a classificação brasileira. Crítico ferrenho do trabalho dos técnicos do país que comandaram a seleção, o ex-jogador torce por mudanças sob o comando de Rubén Magnano, mas espera o resultado do Pré-Olímpico para fazer uma análise do trabalho do argentino à frente do time nacional.
“Não critico os dirigentes ou a estrutura, porque sempre foi assim. O problema do fracasso dos últimos anos está dentro de quadra”, disse Marcel. “Hoje, pelo jeito que se tem jogado, as coisas estão um pouco diferentes. Mas a realidade atual do basquete brasileiro será demonstrada no Pré-Olímpico, pois só os resultados mostram mudança. No último Mundial aconteceu o que sempre tem ocorrido. Chega, chega e nada”.
Última grande conquista da seleção brasileira masculina, o título do Pan-Americano de 1987 completou 24 anos nesta semana. Para Marcel, a vitória sobre os Estados Unidos em Indianápolis lhe deixou um profundo ensinamento para o resto de sua vida.
“Conseguimos o impossível, vencemos o invencível. Aquilo me mostrou que posso atingir qualquer desafio que propuser para minha vida. Ser presidente do Brasil? Para mim não é impossível. Provavelmente nunca serei, mas para mim não é impossível”, opinou o ex-jogador.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.