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Magnano aguarda 'situação limite' para ver Brasil pronto contra pressão por vaga

Magnano mostrou-se cauteloso ao analisar o time, mas segue confiante na classificação - Daniel Neves/UOL
Magnano mostrou-se cauteloso ao analisar o time, mas segue confiante na classificação Imagem: Daniel Neves/UOL

Daniel Neves

Em Mar del Plata (Argentina)

29/08/2011 17h32

Após uma preparação bem sucedida, com 100% de aproveitamento em nove amistosos, a seleção brasileira é capaz de suportar a pressão para conseguir uma vaga na próxima Olimpíada? Nem o técnico Rubén Magnano é capaz de responder esta pergunta. Mesmo confiante na classificação do país para Londres-2012, o treinador prefere aguardar um duelo para valer pela vaga para poder avaliar o real potencial de seus comandados.


“Este é o tipo de coisa que vamos ver apenas no primeiro jogo que vale, aquele que valer a classificação para Londres-2012”, disse Magnano. “Se falar sobre o que aconteceu até hoje, digo que está preparado. Agora temos que ver como o time se comporta em uma situação limite. Isso são coisas que olharemos agora no campeonato”.

A cautela de Magnano se justifica no histórico recente da seleção brasileira. Nos últimos anos, o time nacional se caracterizou por fazer bons jogos, mas falhar nos momentos decisivos e acabar com resultados decepcionantes. Apesar da precaução, porém, o treinador assume a responsabilidade e confia que conseguirá cumprir o objetivo de recolocar o Brasil nos Jogos Olímpicos após 16 anos de ausência.

“O objetivo de Londres é bem claro. O Brasil precisa pegar essa vaga. Não fugimos a essa responsabilidade, este compromisso. E mais. Todo time está dizendo isso, o que é importante”, comentou o treinador.

Assim como ocorreu no último Mundial, Magnano terá como adversária a seleção de seu país, com a qual conquistou a medalha de ouro na Olimpíada de Atenas-2004. O treinador, porém, minimiza o futuro encontro e acredita que o ‘estranhamento’ por enfrentar a Argentina não ocorrerá mais.

“Isso já ficou na história. Essas coisas sentimentais que podem acontecer com uma pessoa que dirige uma equipe e depois outra já ocorreram na Turquia. Há um ingrediente extra, vamos jogar na Argentina. Mas isso não muda nada”, afirmou Magnano.