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Horford revela carinho pelo Brasil e chance de jogar no país, mas desconversa sobre irmã

Astro do Atlanta Hawks, Al Horford não descartou jogar no Brasil durante a greve na NBA - Divulgação/Fiba
Astro do Atlanta Hawks, Al Horford não descartou jogar no Brasil durante a greve na NBA Imagem: Divulgação/Fiba

Daniel Neves

Em Mar del Plata (Argentina)

02/09/2011 10h00

A seleção brasileira terá pela frente nesta sexta-feira um adversário que mantém uma relação especial com o país. Astro do Atlanta Hawks na NBA, o dominicano Al Horford tem estreita ligação com o Brasil, onde morou na infância e tem uma irmã.

Atleta mais assediado da República Dominicana no Pré-Olímpico das Américas, o pivô bateu um papo com o UOL Esporte e falou sobre sua ligação com o adversário desta sexta-feira, em Mar del Plata, pela primeira fase do torneio continental.

Apesar de não ter recebido nenhuma proposta, Horford afirmou que levaria em consideração a possibilidade de jogar no Brasil durante a paralisação da NBA. Também revelou ser amigo de Nenê Hilário e fã da seleção brasileira de futebol, mas desconversou sobre viajar ao país para conhecer sua irmã. Confira a entrevista com o astro da NBA:

UOL Esporte - Será especial enfrentar o Brasil nesta sexta, pela relação de sua família com o país?
Al Horford: É um país muito especial. Morei lá em São Paulo quando era muito pequeno por um ano. É um país que tenho uma ligação, um carinho muito grande. Sou fanático pela seleção brasileira de futebol desde pequeno. É sempre diferente enfrentar o Brasil, mas temos que competir.

Conversei recentemente com sua irmã brasileira, Maíra, que contou ter você como ídolo e que sente muita vontade de conhecê-lo. O que sabe sobre ela? Pretende ir ao Brasil para encontrá-la?
Nunca a conheci, mas meu pai sempre fala que ela gosta muito de praticar esportes, vôlei e basquete. Espero conhecê-la em breve. Pretendo ir ao Brasil, mas preciso ver. Não sei se conseguirei ir após o Pré-Olímpico, mas é certeza que meu pai irá.

Com a paralisação na NBA, pensa em jogar em outros países durante o locaute? Pela sua relação com o país, o Brasil é uma opção?
Tudo pode acontecer, sinceramente não sei. Claro que para nós jogadores seria melhor se todos chegassem a um acordo e encerrassem o locaute. Mas se não houver temporada na NBA, pensarei com calma e estudarei todas as possibilidades com meu empresário, inclusive o Brasil.

Qual a sua relação com os brasileiros que atuam na NBA?
Tenho uma relação muito boa com eles. Nenê é muito meu amigo, conheço [Leandrinho] Barbosa. O único que não tenho muito contato é o [Anderson] Varejão, mas é um grande jogador também.

O que acha da maioria dos brasileiros que atuam na NBA terem pedido dispensa da seleção?
Sei que Barbosa e Varejão tiveram uma lesão, imagino que não estavam disponíveis para jogar. Já Nenê não joga pela seleção faz muito tempo. É uma decisão deles, que precisa ser respeitada. O que posso dizer é que é um orgulho para mim defender a seleção dominicana e estou muito feliz de defender a equipe neste Pré-Olímpico.

O que esperar da partida entre Brasil e República Dominicana nesta sexta?
Será um jogo intenso. Eles ganharam de nós em Foz do Iguaçu e sabemos que tem um grande time. São muitos bons jogadores, começando por [Alex] Garcia, [Tiago] Splitter, tem bons arremessadores de três. E tem um bom conjunto, que é o principal.

Quais são as chances da República Dominicana na briga pela vaga olímpica?
Estamos muito bem como equipe, amadurecendo cada vez mais. A República Dominicana nunca passou de um sexto lugar em um Pré-Olímpico. Estamos trabalhando duro para fazer história aqui na Argentina.

Desta vez vocês contam com um consagrado técnico norte-americano. O que mudou na República Dominicana com John Calipari no comando?
Calipari sempre insiste que precisamos jogar coletivamente. Sempre tivemos muitos bons jogadores individualmente, mas como equipe faltava alguma coisa. É o que estamos tentando fazer.