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Brasil derrota Cuba, vai à final e decidirá vaga olímpica contra a Argentina

Adrianinha foi o destaque da vitória brasileira com 9 pontos, 12 assistências e 13 rebotes - Divulgação/Fiba
Adrianinha foi o destaque da vitória brasileira com 9 pontos, 12 assistências e 13 rebotes Imagem: Divulgação/Fiba

Do UOL Esporte

Em São Paulo

30/09/2011 23h43

A seleção brasileira feminina está a apenas um jogo de confirmar sua passagem para os Jogos de Londres-2012. Com grandes atuações das veteranas Adrianinha e Érika, as comandadas do técnico Ênio Vecchi venceram Cuba por 66 a 53, nesta sexta-feira, em Neiva, na Colômbia, e confirmaram sua classificação para a final do Pré-Olímpico das Américas.

A decisão, que valerá a vaga olímpica ao campeão do torneio, colocará frente a frente as únicas duas equipes invictas do Pré-Olímpico das Américas. A adversária do Brasil será a Argentina, que venceu um emocionante duelo contra o Canadá por 61 a 59 e chega para a final com 100% de aproveitamento, assim como as brasileiras.

LIGA FEMININA SEM PATROCINADORES

  • A segunda edição da Liga de Basquete Feminino está com dificuldades de sair do papel. Sem nenhum patrocinador, a competição organizada pelos clubes convive com atrasos em seu planejamento para a próxima temporada e deve sofrer com corte de gastos para ser viabilizada.

"A Argentina cresceu muito na competição. Temos que entrar com muita concentração, pois é um time que entra com muita moral depois de vencer o Canadá. Do outro lado teremos um time valoroso, tem tudo para ser um jogo muito equilibrado", disse o técnico Ênio Vecchi, em entrevista ao Sportv.

Além de classificar para a final do Pré-Olímpico das Américas, a vitória desta sexta teve um gosto especial para as brasileiras, que puderam vingar a eliminação sofrida contra Cuba na edição anterior do torneio, em 2007. Na ocasião, o Brasil perdeu para o rival por 69 a 67 nas semifinais e viu escapar a vaga nos Jogos de Pequim-2008, que acabou conquistada no Pré-Olímpico Mundial.

Os grandes nomes da vitória brasileira foram duas veteranas. Adrianinha teve uma atuação de gala ao ficar bem próxima de um triplo duplo com nove pontos, 12 assistências e 13 rebotes. A armadora foi responsável por acionar toda a força física da pivô Érika, que dominou o garrafão e terminou como a cestinha da partida com 20 pontos.

Érika iniciou o jogo de maneira arrasadora com seis pontos, mas cometeu duas faltas e deixou a quadra ainda na metade do primeiro quarto. A ausência da pivô, porém, não pesou no garrafão brasileiro, que manteve o bom desempenho com Clarissa e Damiris, que ajudaram o Brasil a abrir 10 pontos de vantagem. No fim do período as cubanas ainda reduziram a diferença e deixaram o placar em 24 a 16.

O segundo quarto foi de altos e baixos para as duas equipes. Com forte marcação e velocidade no contra-ataque, o Brasil chegou a abrir 14 pontos de vantagem no início do período. A entrada de algumas reservas, porém, fez o ritmo cair e Cuba trouxe novamente a diferença para nove na base dos arremessos de três e obrigou Ênio Vecchi a pedir tempo. Foi o suficiente para recolocar nos eixos o time verde-amarelo, que foi para o intervalo vencendo por 38 a 26.

OPINIÃO DE FÁBIO BALASSIANO

Foi, taticamente, uma partida impecável da equipe, que oscilou muito pouco e não deu chance alguma de reação para Cuba - e é lindo escrever isso, de verdade.
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A pausa não fez bem para a seleção brasileira, que voltou desatenta e viu Cuba marcar sete pontos consecutivos. Foram 2min30 sem pontuar e muita dificuldade diante da marcação adversária. Foi quando Érika decidiu chamar a responsabilidade. Foram 10 pontos da pivô no período, contando com passes perfeitos de Adrianinha, que mantiveram o Brasil à frente no placar por 54 a 41 no fim do terceiro período.

O duelo ficou equilibrado no último quarto, com a manutenção da vantagem brasileira durante todo o período. Adrianinha ditou o ritmo do time verde-amarelo, que manteve a defesa forte e não permitiu que as cubanas reduzissem a diferença até o fim da partida.