Reunião decisiva termina sem acordo e NBA deve sofrer cancelamento de jogos
Do UOL Esporte
Em São Paulo
04/10/2011 19h27
A paralisação que tomou conta da NBA nos últimos meses permanece sem solução. Em uma reunião realizada nesta terça-feira em Nova York, proprietários de franquias e jogadores novamente não chegaram a um novo acordo trabalhista coletivo para os próximos anos, o que deve provocar cancelamentos de jogos da próxima temporada.
O encontro desta terça-feira era tido como decisivo entre as partes devido à proximidade do início da próxima temporada, programada para começar no dia 1º de novembro. Sem o acordo, o comissário da NBA David Stern confirmou que, caso não ocorra nenhuma alteração de última hora, o cancelamento das primeiras duas semanas da fase regular será anunciado na próxima segunda-feira.
Os principais astros da NBA estiveram presentes à reunião desta terça-feira. Kobe Bryant, Paul Pierce e Kevin Garnett chegaram nesta terça-feira e se juntaram a nomes como LeBron James e Dwyane Wade, entre outros, para a rodada de negociações. O impasse, porém, permaneceu após mais de quatro horas de discussões.
“Hoje não foi o dia em que resolvemos isso”, disse o presidente da associação de jogadores, o armador Derek Fisher. “Não houve discussões sobre próximas reuniões. Talvez daqui a um mês”, completou o diretor executivo da entidade, Billy Hunter.
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O grande impasse permanece sendo a divisão das receitas da liga para os próximos anos. Os jogadores aceitaram reduzir sua pedida de 57% para 53%. A proposta, porém, foi negada pelos proprietários, que ofereceram apenas 47%.
Atletas e proprietários travam uma longa negociação sobre o novo acordo trabalhista, que começou durante a última temporada. Alegando prejuízos nos últimos anos, os dirigentes desejavam cortar gastos com salários em até 30% e modificar a divisão das receitas da liga, o que foi rejeitado pelos atletas.
Sem o acordo entre as partes, a liga norte-americana entrou em locaute, uma espécie de greve às avessas. Os jogadores ficaram impedidos pelos patrões de trabalhar, sem acesso às instalações esportivas e aos membros do corpo técnico.