Após dispensa, Ênio Vecchi critica Hortência: "Ela não manteve a palavra"

Mesmo após a conquista da vaga olímpica, a CBB (Confederação Brasileira de Basquete) optou por não renovar o contrato do técnico Ênio Vecchi, que comandava a equipe feminina.

“A Hortência não manteve a palavra. Ela tem o direito de me demitir, mas não fez muito sentido esta decisão. Depois dos meus resultados, com o que havia sido planejado, não entendi muito bem esta minha saída”, criticou o treinador em entrevista ao jornal Lance!.

Diretora das seleções femininas, Hortência foi o principal alvo das críticas de Vecchi, mas o treinador negou que guarde mágoas da ex-jogadora.

“Não estou magoado. Como jogadora, ela foi brilhante. Mas como dirigente ainda falta muita coisa. Ela vai aprender com os erros. Quando ela assumir um compromisso, tem de cumprir”, afirmou.

Vecchi cobrou que o presidente da CBB, Carlos Nunes, tivesse o chamado para conversar antes da decisão. “Também acho que o presidente tem de cobrar a Hortência e assumir uma postura mais firme”, comentou.

OPINIÃO: FÁBIO BALASSIANO

Depois das declarações de Ênio Vecchi, a dúvida: quando Carlos Nunes se pronunciará?

Na opinião do ex-técnico da seleção brasileira feminina, Hortência está com muito poder na CBB. “Se não colocarem freios nela, a situação poderá ficar muito pior. Ela está tomando decisões muitos espontâneas”, atacou.

O treinador afirmou que quando assumiu o comando da equipe um ano atrás, foi dito que era normal a CBB fazer um contrato de um ano e que a renovação era praticamente automática. O técnico ainda disse que faltou “feeling”, já que sua demissão aconteceu quatro dias antes de passar por uma cirurgia de próstata.

Vecchi não quis comentar a escolha de Luiz Cláudio Tarallo para o ocupar o seu lugar no comando da equipes nos Jogos Olímpicos de Londres. Desempregado, o técnico acha difícil assumir uma equipe de ponta, já que os campeonatos nacionais masculinos e femininos já estão em andamento.