Após negociações e reclamações, franquias seguem gastando fortunas com salários na NBA

O locaute da NBA, que atrasou o início da temporada 2011/2012, aconteceu porque os donos das franquias e os jogadores não conseguiam chegar a um acordo em questões financeiras. Os dirigentes, que reclamavam que estavam gastando muito dinheiro com salários, acabaram ganhando alguns benefícios e passaram a receber uma fatia maior na divisão dos lucros. Porém, pouco mais de um mês depois do início do campeonato, as equipes continuam gastando cifras astronômicas com contratos.

Na quarta-feira – data limite para as equipes renovarem com os jogadores selecionados no Draft 2008 – mais dois contratos milionários foram firmados. O Denver Nuggets assinou um vínculo generoso com o ala Danilo Gallinari, enquanto o Minnesota Timberwolves acertou uma renovação de altas cifras com o ala-pivô Kevin Love.

Gallinari foi uma das peças que os Nuggets receberam na troca que enviou o astro Carmelo Anthony para o New York Knicks. O italiano passou a ser uma das principais peças da equipe, que desde o início da temporada ocupa as primeiras colocações da Conferência Oeste. O ala, que é o principal cestinha do time no ano, ganhou um contrato de mais de US$ 40 milhões (cerca de R$ 70,5 milhões) por quatro temporadas.

Love foi ainda mais valorizado. O ala-pivô – que lidera o Timberwolves em pontos e rebotes nesta temporada – só não conseguiu um duplo-duplo em um dos 17 jogos do time no campeonato. Graças a seu desempenho, acertou para receber mais de US$ 60 milhões (aproximadamente R$ 105 milhões) nos próximos quatro anos.

Outros astros que vieram do Draft de 2008 já haviam conseguido suas renovações milionárias. Russel Westbrook, armador do Oklahoma City Thunder, receberá um total de US$ 80 milhões nas próximas cinco temporadas. A conta de Derrick Rose será ainda mais recheada no período – nos mesmos cinco anos, o astro do Chicago Bulls receberá pouco menos de US$ 94 milhões.

NENÊ SE BENEFICIA DE RODADA RICA DE CONTRATAÇÕES

O brasileiro Nenê foi outro dos novos milionários que assinaram contratos grandes após o locaute. O Denver Nuggets – mesma equipe que gastou uma fortuna com Gallinari – topou pagar US$ 65 milhões para manter o pivô em seu plantel por cinco temporadas. Tyson Chandler foi outro pivô que aproveitou o fato de ser um agente livre disputado antes do início da temporada para garantir seu pé de meia. O New York Knicks atraiu o jogador, campeão com o Dallas Mavericks, com um salário de US$ 55 milhões por quatro temporadas. A posição de pivô, aliás, parece estar em alta com os dirigentes. DeAndre Jordan, do Los Angeles Clippers, e Marc Gasol, do Memphis Grizzlies, também receberam renovações milionárias antes do início do campeonato.

GENEROSIDADE SE REFLETE TAMBÉM NOS JOGADORES MENOS BADALADOS

Derrick Rose, Kevin Love e Nenê são exemplos de jogadores importantes para seus times, o que pode explicar o alto investimento. Mas não é só com jogadores “classe A” que as equipes estão gastando fortunas. Como exemplo disso, temos o pivô Kwame Brown, do Golden State Warriors. Ele assinou apenas por uma temporada, mas vai receber US$ 7 milhões no período. O curioso é notar que Brown nunca teve média superior a 10,9 pontos ou a 6,8 rebotes em suas dez temporadas de NBA. Ou seja: nunca foi um pivô de primeira linha. Esse ano, tem o quarto maior salário do Warriors, mas é apenas o sétimo que mais passa minutos em quadra e o oitavo em pontuação da equipe.

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