Basquete copia futebol americano e cria liga de lingerie com modelos e ex-universitárias
O futebol americano de lingerie existe desde 2011, tem um campeonato organizado desde 2009 e, no ano passado, 12 times competiram pelo título. O sucesso foi tanto que já criou, nos EUA, moda: desde o ano passado, a cidade de Los Angeles tem a primeira liga de basquete de lingerie do planeta, formado por modelos e ex-jogadoras de nível colegial ou universitário. E a inspiração para a criação da nova liga veio da bola oval.
“Em 2008, eu participei da peneira para a Liga de Futebol Americano de Lingerie [que estava em expansão para a criação de seu primeiro campeonato] e percebi que o futebol não era o meu esporte. Três dias depois, acordei no meio da noite com a ideia de basquete de lingerie”, conta a fundadora da liga, Nina Kako.
“MEUS PAIS MANDARAM FOTOS DE UNIFORME PARA OS AMIGOS. FOI ESTRANHO”
Se você jogasse bola de lingerie, contaria aos seus pais? O UOL Esporte fez essa pergunta para as jogadoras entrevistadas. As respostas foram quase padrão: “Sim. Meu pai não tem problemas com isso. E está muito orgulhoso”, falou Julie Ginther. “Claro, eles vão a todos os jogos”, continuou Nicole Hamilition. Uma delas, porém, admitiu que, no início, preferiu não contar aos pais. “Eu sabia que eles apoiariam, mas não tinha certeza se queria que meus pais e meus irmãos me vissem jogando de lingerie. Quando eu contei, eles ficaram bem contentes. Mas também passaram a enviar para os amigos fotos minhas de uniforme. O que foi um pouco estranho, já que o uniforme não cobre muita coisa. Demorou um pouco, mas hoje já estou acostumada com isso”, diz Yvonne Arreola, do LA Glam, que foge do estereótipo de garota tímida: ela é empresária e vende brinquedos sexuais e vai lançar um site com conselhos sobre relacionamentos e sexo. |
As negociações para a criação da liga se estenderam por dois anos, até que, em 2011, Nina conseguiu formar quatro times e a bola subiu. “Recrutamos garotas de todas as ocupações. Modelos, personal trainers, atrizes, bar tenders, empresárias, estudantes. Temos até uma bancária. Hoje, você pode se diverter e melhorar o orçamento jogando basquete de lingerie”, comemora a fundadora.
Um dos melhores exemplos do sucesso das atletas em roupa de baixo é Julie Ginther, jogadora do LA Glam. Além de basquete, ela também joga na liga de futebol de lingerie. E quando as duas temporadas estão paradas, ela aproveita para estudar: está se preparando para tentar carreira na televisão. “Eu cresci jogando com os shorts largos de basquete. Não era tão ruim, mas me confundiam com homem. Acabavam achando que eu era lésbica por me vestir como menino. Jogando de lingerie, isso não acontece mais. E como os uniformes são curtos, todos podem ver nossos músculos e comprovar que trabalhamos muito para viver do esporte”, conta a atleta, que também pratica jiu-jitsu e é modelo.
Apesar da empolgação da atleta, o reconhecimento da liga ainda é um problema. “É claro que os uniformes atraem publico e são super-sexys. Mas jogar de lingerie faz com que as pessoas não acreditem que a liga é competitiva, que essas garotas sejam verdadeiramente atletas”, admite Nina.
É claro que o talento da liga não é comparável aos profissionais, mas algumas delas tem currículos respeitáveis. Modelo e atriz, Tara Heston conquistou prêmios locais em sua carreira como atleta no colegial. Autiana Ali, hostess de um bar e jogadora do LA Divas, por exemplo, jogou dois anos no basquete universitário, assim como Nicole Hamilition, do LA Beauties, e Mae Escobar, do LA Starlets.
Algumas características, porém, fazem com que as jogadoras da Liga de Lingerie se diferenciem de jogadoras de basquete comuns: o orgulho, e não a vergonha, em mostrar o corpo. “O nosso uniforme é sexy. Finalmente, o basquete consegue ser competitivo e bonito ao mesmo tempo”, diz Nicole, campeã com as Beauties.
As regras da disputa são as mesmas do basquete colegial feminino nos EUA – incluindo a distância menor da linha de três pontos. “É um jogo de basquete comum. Só que estamos de lingerie, o que acaba criando alguns problemas de uniforme, como mostrar um pouco mais do seu corpo do que você estava esperando. Mas, por outro lado, sempre que isso acontece, o público aumenta”, completa Yvonne Arreola, do LA Glam.
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