Playoffs da NBA começam neste sábado; veja os candidatos a herói do título

Desde que foi selecionado pelo Cleveland Cavaliers como 1ª escolha do draft de 2003, LeBron James é considerado um dos principais nomes da NBA. Com números incontestáveis, foi oito vezes chamado para o All-Star Game, duas vezes MVP da temporada e principal cestinha da liga em 2008. As conquistas pessoais, porém, acabam diminuídas por fracassos sucessivos do astro em atingir seu primeiro título da competição.

LeBron chegou perto de conquistar seu precioso anel de campeão em duas oportunidades, mas acabou derrotado nas finais de 2007 e 2011. Para piorar, o ala tem sido contestado por supostamente ‘amarelar’ nos momentos decisivos, preferindo passar a bola para os companheiros ao invés de chamar a responsabilidade. Conquistar o título virou ‘obrigação’ para o astro, ainda mais pressionado desde que “levou seus talentos para South Beach” em 2010.

Um dos pivôs mais dominantes da NBA nos anos 2000, Tim Duncan respondeu às insinuações de que estaria em decadência. Com 36 anos recém-completados, suportou com louvor a massacrante maratona de jogos de uma temporada atípica por causa do locaute e participou de 59 das 66 partidas do San Antonio Spurs. Ainda apresentou números superiores aos do ano anterior e foi um dos responsáveis por colocar a franquia do Texas no topo da Conferência Oeste.

Chamado carinhosamente de “velho” pelos próprios Spurs, Duncan exerce papel fundamental na preparação de jovens valores da franquia. O brasileiro Tiago Splitter é um dos atletas que tem recebido os conselhos do ‘sábio ancião’, peça fundamental de uma equipe que mescla um elenco de veteranos com boas promessas na busca pelo quinto título.

O apelido de ‘Durantula’ (junção de seu nome com tarântula) não é à toa. Como se tivesse vários braços, Kevin Durant mostrou mais uma vez seu talento para chegar à cesta e encerrou a fase regular como o principal cestinha da temporada pela terceira vez consecutiva. Ainda foi o atleta com o maior número de minutos em quadra e o que mais acertou arremessos.

Durant consolidou-se como um dos astros do basquete norte-americano e foi o comandante da boa campanha do jovem elenco do Oklahoma City Thunder. Falta ao ala um resultado significativo nos playoffs, nada que seja impossível para um jogador que parece melhorar a cada ano e que assume cada vez mais o papel de líder na liga norte-americana. Afinal, “grandes poderes trazem grandes responsabilidades”.

A fome de Kobe Bryant parece não ter fim. Dono de cinco títulos da NBA, 14 convocações para o All-Star Game, dois troféus de MVP das finais e um prêmio de MVP da temporada, o veterano ala-armador se mantém insaciável e avisa: quer a todo custo igualar o número de anéis de campeão de Michael Jordan. “Ele e Magic [Johnson] são meus únicos rivais à altura na história”.

O estilo ‘fominha’ de Kobe também tem se refletido em sua maneira de jogar. É disparado o jogador que mais vezes arremessou nesta temporada, muitas vezes sem a precisão desejada – o que gerou severas críticas na mídia especializada. Resta saber se a volúpia do astro será suficiente para consagrar mais uma vez os Lakers, que chegam aos playoffs sem a força e o favoritismo de anos anteriores.

Vencer as lesões em série é o primeiro desafio de Derrick Rose para os playoffs. MVP da temporada passada, o armador do Chicago Bulls foi o astro da liga que mais se machucou nesta fase regular. Problemas na virilha, nas costas, no tornozelo e no dedão do pé foram algumas das lesões sofridas pelo jogador, que atuou em apenas 39 dos 66 jogos de sua equipe.

A motivação para superar os problemas, porém, é tão grande como a lista de lesões do armador. Rose chega aos playoffs com a oportunidade de ser o primeiro astro dos Bulls a comandar a franquia rumo ao título desde Michael Jordan: um feito que faz com que qualquer dor possa ser superada.