Brasileiros convivem com lesões, dispensa e frustrações em ano de presença recorde na NBA
Com a presença recorde de atletas brasileiros, a temporada 2012-13 da NBA chega a sua metade marcada pelos problemas enfrentados pelos jogadores do país. Dos seis representantes nacionais, cinco conviveram com lesões graves, dispensas e frustrações durante os primeiros jogos da fase regular.
Dois dos representantes brasileiros viram a temporada acabar mais cedo por causa de graves lesões. Anderson Varejão foi afastado das quadras em dezembro de 2012 devido a um problema no quadríceps da perna direita e passou por cirurgia. Para piorar, teve um coágulo no pulmão direito e precisou ser internado.
Os problemas físicos vieram no melhor momento de Varejão em nove anos na liga norte-americana. O pivô liderava as estatísticas de rebotes e mantinha médias de 14,1 pontos e 14,4 bolas apanhadas por partida, sendo cotado para o Jogo das Estrelas. É a terceira temporada consecutiva que o brasileiro perde grande número de jogos devido a lesões.
Outro brasileiro afastado por contusão é Leandrinho, que rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo nesta semana. O problema ocorreu em um momento em que o ala-armador começava a conquistar maior espaço no Boston Celtics, com mais tempo de quadra devido ao desfalque de Rajon Rondo por lesão.
O afastamento encerra um ano marcado por altos e baixos de Leandrinho. Elogiado em alguns momentos pelo técnico Doc Rivers, o brasileiro sofreu com a forte concorrência na rotação e teve média de 12,5 minutos em quadra, com 5,2 pontos e 1,4 assistência por partida. O problema físico coloca em xeque sua permanência na famosa franquia, apesar de dirigentes manifestarem interesse em renovar seu contrato ao final da temporada.
As lesões também atrapalharam o início da fase regular de Nenê Hilário, que voltou da seleção brasileira com uma fascite plantar e desfalcou o Washington Wizards por várias partidas. Recuperado, o pivô tem acumulado boas atuações, mas vive a frustração de atuar na equipe de terceira pior campanha da Conferência Leste.
As frustrações também fizeram parte do cotidiano dos dois novatos brasileiros nesta temporada. Selecionado como a 22ª escolha do draft pelo Boston Celtics, Fab Melo ficou a maior parte do ano cedido a um time da D-League. O bom desempenho na liga de desenvolvimento fez com que o pivô fosse chamado de volta pela franquia, que utilizou o jogador em apenas dois jogos desde então.
Já Scott Machado ganhou uma chance na NBA sem ter sido selecionado no draft. O armador firmou contrato com os Rockets, foi utilizado em apenas seis jogos e também acabou emprestado a um time da D-League. Para piorar, foi dispensado em seguida pela equipe de Houston, que optou por abrir espaço em seu elenco para a contratação de outro jogador.
O único brasileiro com motivos para comemorar nesta temporada é Tiago Splitter. Após dois anos de broncas e adaptação ao sistema do técnico Gregg Popovich, o pivô finalmente se firmou como titular do San Antonio Spurs e tem registrado boas atuações. Sua equipe ainda lidera a Conferência Oeste a aparece como candidata ao título da NBA.
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