'Traíra', Larry encara provocações de 'gringos' em 1ª vez como brasileiro na festa do NBB
Principal nome do time de estrangeiros nas edições anteriores do Jogo das Estrelas do NBB, Larry Taylor ‘virou a casaca’ para o evento que ocorre neste sábado, às 10h, em Brasília. Naturalizado brasileiro, o armador do Bauru participa da festa pela primeira vez entre os atletas nacionais e encara as provocações dos ex-colegas gringos.
“Eles ficam falando ‘você está traíndo a gente’. Mas sei que é porque sentem saudades de mim. Vão sentir a minha falta. Para mim é normal, pois agora sou brasileiro. Eles são gringos e não são mais meus amigos”, brincou Larry.
Nascido em Chicago e amigo pessoal do astro do Miami Heat Dwyane Wade, Larry se naturalizou brasileiro em 2012 para defender a seleção nas Olimpíadas de Londres. A ‘mudança de lado’, porém, não passará ilesa por seus colegas estrangeiros, que prometem endurecer as coisas para o ex-companheiro no jogo festivo.
“Já falei para o Toyloy e para o Tyrone para fazer um bloqueio duro. Não para machucar, mas o traíra tem que sentir”, prometeu Shamell, ala-armador do Pinheiros. “Em quatro anos, esse é o primeiro Jogo das Estrelas que vamos jogar contra. Ele tem dito que vai dar uma enterrada para cima de mim, mas não vai conseguir nada aqui não”.
Shamell ‘corneta’ o amigo, mas sonha em viver situação similar a de Larry. O norte-americano reside no país a mais tempo que o colega, mas luta há nove anos para se naturalizar brasileiro e brigar por uma chance na seleção nacional.
“Meu sonho sempre foi vestir a camisa do Brasil e ele está vivendo o meu sonho. Sempre pergunto como é, como as pessoas o tratam. Meu processo ainda está rolando, mas aconteceram muitos problema”, disse Shamell. “Fiquei com um pouquinho de inveja, pois estou aqui há muito tempo, tenho filhos brasileiros. Deus sabe o que faz, mas meu sonho continua”.
Na tarde da última quinta-feira, Larry foi passear com brasileiros perto do hotel em que os atletas estão hospedados em Brasília. Foi um prato cheio para os ‘gringos’, que foram atrás do ex-companheiro e não economizaram nas brincadeiras.
“Estávamos almoçando no shopping e ele estava lá com os brasileiros. Gritamos ‘traíra’ e ele ficou todo com vergonha, veio pedir para eu parar de pegar no pé dele”, contou Shamell. “Respondi para ele ‘agora você é brasileiro e não sai mais com a gente. Mas é tudo na brincadeira. Somos os melhores amigos, damos apoio um para o outro e temos um sonho de jogarmos juntos em algum clube”.
* Viajou a convite da Liga Nacional de Basquete
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